sábado, 11 de fevereiro de 2012

ROMAN POLANSKI - "O DEUS DA CARNIFICINA"

JODIE FOSTER sempre que entra num filme leva-me ao cinema!

Adoro vê-la trabalhar...

Desta vez juntamente com KATE WINSLET ainda me despertou mais a atenção.

Os 2 elementos masculinos nada me diziam...


“O Deus da Carnificina” é uma comédia realizada por Roman Polanski com a participação de Jodie Foster, Kate Winslet e Christoph Waltz.

No filme, após um episódio de bullying num parque infantil, dois casais, os pais do agressor e do agredido, decidem ter uma conversa cordial para resolver o problema.

Mas, com o passar do tempo, a tensão vai crescendo a níveis que eles não esperavam.



Sinopse:
O filme (que marca o regresso de Polanski, depois de “O Escritor Fantasma”, no ano passado) retrata a negociação entre dois casais do Brooklyn que se reúnem após um conflito entre os filhos de ambos na escola.
Nancy (Kate Winslet) e Alan (Cristoph Waltz) são os pais de uma das crianças e convidados de Jodie Foster e John C. Reily para um jantar, a fim de tratar dos problemas entre as duas crianças.
Este jantar acaba por tornar-se não só de uma questão de educação infantil, mas de também conflitos matrimoniais.




“O Deus da Carnificina”, é um filme baseado na peça de teatro

“God of Carnage” de Yasmina Reza,

premiada com um Tony, que foi pela primeira vez apresentado no festival de Veneza deste ano, obtendo críticas predominantemente positivas.
Realizador: Roman Polanski
Argumento: Roman Polanski, Yasmina Reza
Intérpretes: Jodie Foster, Kate Winslet,

Christoph Waltz, John C. Reilly, Elvis Polanski,

Eliot Berger, Joseph Rezwin, Nathan Rippy, Julie Adams.


2 imagens iguais,

só que na 1ª imagem o realizador também está na sala junto aos actores;

foi nesta sala que o filme aconteceu do princípio ao fim e isso foi parado demais para o meu gosto, confesso.



Dois miúdos discutem, no parque, e um deles agride o adversário com um pau. Os pais do agressor deslocam-se à casa dos pais do agredido, onde redigem um acordo sobre o sucedido.

Mas, quando tudo parecia estar resolvido a bem, e à custa de uma hospitalidade afetada, os quatro adultos deixam-se arrastar por um remoinho de acusações e insinuações que acabam por fazer emergir, entre tanto esforço de civilidade e compreensão, zonas mais profundas do cérebro.

Aquelas onde nasce o espírito de alcateia, e com ele o preconceito e a atitude facciosa.


O filme decorre quase todo dentro de uma sala e poderia ser muito enervante se não tivesse a dose de humor que naturalmente acompanha o tema do contraditório comportamento humano.

A verdade é que por mais ciência e tecnologia que nos envolva, passamos ainda demasiado tempo a comportar-nos como crocodilos.

Alguém achou muito divertido e instrutivo.

7 comentários:

tulipa disse...

Os casais Longstreet
(Jodie Foster e John C. Reilly) e Cowan (Kate Winslet e Christoph Waltz) encontram-se para resolver uma briga entre Zachary e Ethan, os seus filhos de 11 anos.

Porém, se ao princípio tudo parece correr civilizadamente, à medida que a conversa se desenvolve, um problema mais ou menos insignificante começa a tomar novas proporções, com os quatro a revelarem mais infantilidade do que os seus próprios filhos que, teimosamente, não cessam de defender.

Mas será que, em algum momento, um deles será capaz de agir como um adulto e parar aquela
"carnificina"?

tulipa disse...

Um retrato, uma caricatura, da América que, com razão ou sem ela, persegue Polanski há trinta e tal anos...

Eis Polanski de regresso a um dos seus palcos preferidos:
o reduto doméstico,
a sala de estar,
metafórica ou, como é o caso, absolutamente literal.

Os exemplos disto, e da conversão de um espaço doméstico em lugar de estranheza e agressão,
abundam na sua filmografia e podem ser citados quase ao acaso,
porque vai-se lá dar frequentemente -
“A Faca na Água”,
“Repulsa”,
“Death and the Maiden”...

Mas bom, nada de tão dramático em “O Deus da Carnificina”, pelo menos aparentemente.

Dois casais novaiorquinos que se reúnem em casa de um deles, para discutirem, muito civilizadamente, uma história que envolveu os filhos pequenos de ambos.

O verniz estala, evidentemente, a “civilização” desaparece à medida que os impulsos tomam conta da situação, os impulsos irracionais mas também os racionais (e mesmo ideológicos, sobretudo no caso da personagem de Jodie Foster)
transformados na mesma coisa, na mesma medida de cegueira e frustrações.

A sala de estar como palco de um jogo de massacre
(“Carnage” é o título original, e o argumento vem de uma peça de teatro de Yasmina Reza),
duelo verbal onde a violência se converte em palavras, e onde as palavras são o agente de todos os abusos - até fazerem aparecer outro velho fantasma polanskiano cheio de repercussões: a violação.

tulipa disse...

o filme aprisiona as suas quatro personagens mas nunca está com nenhuma delas,
nem como indivíduos nem como grupo, há uma distância,
uma distância “escarninha”, em relação a todas elas,
à medida que os dois casais se desfazem e recompõem ao sabor de outras afinidades
(por exemplo, a espécie de “lealdade” masculina que acaba por aproximar os dois maridos).

Catarina disse...

Tb gostei do filme. As atrizes sao fenomenais.
Abraco

Zé Povinho disse...

Mais uma sugestão de cinema que deve ser interessante. O nome não condiz com o argumento, pareceu-me.
Abraço do Zé

mfc disse...

Já vi e acho que é dos filmes imperdíveis a que assisti!
Fantástico... e que desempenhos!

Sofá Amarelo disse...

Uma questão actualíssima que uma amiga minha está viver com o filho!