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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

JOVEM ADULTA - CHARLIZE THERON



Na imagem acima vê-se Matt, o frique que MAVIS ignorava há 20 anos e que agora é o único com que ela sente que consegue falar porque ela é tão frique e solitária como ele.

A diferença entre Matt e Mavis é que Mavis vive em negação - e é dessa negação que nasce o humor que nos morre na garganta.





Título original: Young Adult - JOVEM ADULTA
De:
Jason Reitman
Com:
Charlize Theron, Patton Oswalt, Patrick Wilson
Género: Comédia Dramática
EUA, 2011, Cores, 93 min.
No passado, Mavis Gary (Charlize Theron) era a rapariga mais popular da escola, não apenas por ser a mais bonita e desejada pelos rapazes, como também pelo seu temperamento desagradável, que sempre lhe granjeou inúmeras inimizades.
Hoje, é uma escritora de literatura juvenil a viver uma crise de inspiração e recém-saída de uma relação fracassada, que resolve voltar à sua pequena cidade com um objectivo muito preciso:

reconquistar Buddy Slade (Patrick Wilson), o seu amor de liceu.

Mas, infelizmente, Buddy encontra-se num momento de vida completamente diferente, pois é um homem feliz, casado com Beth (Elizabeth Reaser) e com uma linda bebé nos braços.

É então que, Mavis, incrédula quanto ao fracasso do seu encanto sobre ele mas decidida a não desistir sem luta, une-se a Matt (Patton Oswalt), um ex-colega que, tal como ela, ainda não superou alguns factos do passado.
Em conjunto vão planear a vingança.
Uma comédia negra
com realização de Jason Reitman ("Juno", "Nas Nuvens")
e argumento de Diablo Cody.
(PÚBLICO)


Nesta imagem vê-se o homem que Charlize Theron (Mavis)
queria reconquistar...
Buddy Slade (Patrick Wilson), o seu amor de liceu.


Jorge Mourinha dá-lhe classificação de Muito Bom e explica porquê!
“JOVEM ADULTA” é uma comédia amarga sobre o mal que acontece às pessoas que não querem crescer.
É também um dos melhores e mais injustamente ignorados filmes americanos de 2011
Diablo Cody, a argumentista americana aclamada por “Juno” (2007)
Diablo Cody acaba de se reencontrar com o seu realizador de “Juno”, Jason Reitman, e juntos assinam um dos grandes filmes americanos de 2011 e a mais escandalosa (mesmo que previsível) omissão das nomeações para os Óscares, que de facto gostam de passar ao lado do que interessa.


Mavis volta à cidadezinha do Minnesota que trocou pela grande cidade para tentar preencher o buraco de solidão que tem no lugar do coração, e para tentar recuperar o seu passado glamouroso de favorita do liceu, o mesmo que regurgita incessantemente nos livros para adolescentes que escreve para ganhar a vida.
Mavis quis que o mundo fosse igual às suas fantasias - ainda o quer - e isso torna-a num desastre de automóvel à espera de acontecer.
E que acontece quando regressa e mete na cabeça que vai roubar o seu namorado do liceu ao casamento feliz que ele tem, contra o conselho de Matt, o frique que ela ignorava há 20 anos e que agora é o único com que ela sente que consegue falar porque ela é tão frique e solitária como ele.



O que é exemplar em “Jovem Adulta” é o modo como usa os estereótipos (da actual comédia americana, do filme de adolescentes, das personagens de linha de montagem) para mostrar o reverso da medalha, o que se esconde por trás da fachada - e que o problema não está em quando se é adolescente, é quando não se quer ser adulto.


E “Jovem Adulta” não é um filme adolescente a fingir-se de adulto:

é um filme adulto a fingir-se de adolescente,

uma tragédia a fingir-se de comédia e uma farsa a fingir-se de drama.
Não há como deixar-se ir com a aparente confusão:

na cabeça de quem o fez não há confusão nenhuma.

“Jovem Adulta” é uma pérola.

Vai passar ao lado. Não merece.
eu fui ver!!!...