Às
vezes, só às vezes,
por um breve segundo interrompido nas horas repetidas que
nos
cercam, surpreendemo-nos pequenos, num despojo de fim de dia
que reconhece o
sentido nas razões do caminhar.
E a essência que era oculta perde a força de segredo.
E surge, brilho ante nós, mesmo ali, desse longe enfim
chegado,
a cada sopro de brisa, cada árvore milenar,
a cada montanha altiva com picos feitos de céu,
e o que mais nos acompanha,
passagem que somos...
Paramos então a pressa, na ânsia de receber o que antes nem nos tocou,
e respiramos completos a coragem de ser vida:
do sol tão bravo de si que nos fustiga de luz
e larga por fim a lágrima que chora um olhar feliz... na explosão de cor!
ÁFRICA
regresso às origens...
Adorei fotografar estes e outros modelos
que tentaram transportar-me até à minha terra - Moçambique