sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

JARDINS PARA IR SAUDAR A PRIMAVERA


Todas as imagens deste post são de minha autoria; 

estas três primeiras são de uma visita que fiz no ano passado 

à "Estufa Fria" com os meus netos.

Tenho como objectivo este ano de 2016 visitar vários Jardins de Lisboa.

Adoro a Natureza e o primeiro passeio que quero fazer 

para começar a saudar a Primavera é ao “Jardim da Estrela" 





Antigo “Passeio da Estrela”, o Jardim da Estrela começou a ser construído 
em 1842. Fazendo um inteligente aproveitamento dos acidentes do terreno, 
tornou-se possível construir uma colina artificial com vista sobre o Tejo 
e uma gruta subterrânea, ao mesmo tempo que todo o espaço 
foi percorrido por alamedas sinuosas e embelezado com lagos, 
uma vistosa cascata, estufas, quiosques e um elegante pavilhão chinês. 
Com o passar do tempo foi enriquecido com obras de arquitectura 
transferidas de outros locais, como é exemplo o coreto, em ferro trabalhado, 
que foi retirado da Avenida da Liberdade. 
No ano de 1870 chegou a ter como principal atractivo um leão, 
enviado de África. Hoje, a sua fauna cinge-se aos guarda-rios, pavões, 
cisnes, graças nocturnas e a sua flora reúne inúmeras qualidades de plantas 
como ragoeiros, plátanos, árvore de borracha australiana, 
bela-sombra, bananeira, coqueiro-dos-jardins, entre outras espécies. 
Para além do coreto, o Jardim da Estrela é embelezado com estátuas e  bustos. 
Muito procurados são o parque infantil, a cafetaria 
e um quiosque mais recentemente recuperado.
Praça da Estrela - Horário:  das 07h às 24h - Entrada livre

Caso queira fugir das pressas da cidade, ou precise 
dum oásis no calor do Verão ou simplesmente lhe apeteça 
um passeio por entre as árvores, porque não visitar um dos muitos 
jardins de Lisboa (segundo a Câmara Municipal são 63 ao todo). 


Outros haverá que também quero conhecer, visitar e fotografar.
A ver vamos se consigo alguma amiga que queira ir comigo... 
Jardim do Cabeço das Rôlas
Localizado sobre a maior "colina" existente no Parque das Nações, 
possui uma vista bem abrangente do parque e do rio. 
A designação de Jardim do Cabeço das Rolas deriva do facto, de em tempos, 
ter sido ponto de passagem de rolas no seu trajecto migratório. 
R. Corsário das Ilhas, Parque das Nações - Entrada livre


Jardim Botânico da Ajuda
Após o terramoto de 1755, o Marquês de Pombal mandou construir 
alojamento temporário para a família real sobre terras mais seguras. 
Essas ficavam no que na altura eram os arredores de Lisboa, 
na zona da Ajuda. 
Dez anos depois, os terrenos à volta foram transformados no primeiro 
jardim botânico em Portugal e no décimo quinto na Europa. 
Este jardim, com maravilhosas vistas para o Tejo e para 
a Ponte 25 de Abril, tem um estilo bastante geométrico 
coerente com o estilo em voga na altura em que foi desenhado. 
Um dos seus atributos mais visitados 
é o jardim de cheiros, criado especialmente para o usufruto dos invisuais. 
Horário de abertura: Verão (1 de Maio a 30 de Setembro) das 9h às 20h
Inverno (1 de Outubro a 31 de Março) das 9h às 18h
Abril das 9h às 19h
Encerra nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro 
Como chegar lá: Comboio – Estação de Belém na Linha de Cascais;
Autocarros -  727, 729, 732; Eléctrico – 18;
Entrada: Adultos – 2€  Seniores e estudantes – 1€
Crianças com menos de 7 anos e alunos e funcionários do ISA – livre
Endereço: Calçada da Ajuda
Ainda em Belém, em direcção à Ajuda, descobre-se um jardim 
plantado em 1768 por ordem do Marquês de Pombal. 
Este que é o parque público fechado mais antigo de Portugal 
tem um elegante traçado italiano, a culminar numa bonita fonte barroca, 
e acomoda espécies botânicas do mundo inteiro, 
para além de árvores centenárias. 
Com uma animada agenda de actividades, o Jardim Botânico da Ajuda 
organiza anualmente a Festa da Primavera (Abril) 
e do Outono (Setembro), entre outras.
Entradas pela Calçada da Ajuda ou Calçada do Galvão
Horário: Entrada pela Calçada da Ajuda: das 9h às 17h; 
Entrada pela Calçada do Galvão: das 9h às 18h (Inverno); 
das 9h às 19h (Abril); das 9h às 20h (Verão).


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

EDDIE REDMAYNE ... A RAPARIGA DINAMARQUESA


1º Post de 2016 - CINEMA
uma das minhas paixões

SIM, fui ver este MAGNÍFICO FILME que ADOREI.

A Rapariga Dinamarquesa - The Danish Girl  
De: Tom Hooper  
Com: Alicia Vikander, Eddie Redmayne, Matthias Schoenaerts, 
Ben Whishaw, Sebastian Koch, Amber Heard – Drama 
EUA/JAP/GB/BEL, 2015, Cores, 120 min.
Dinamarca, década de 1920. 

O casal Einar e Gerda Wegener são dois pintores reconhecidos. 
Um dia, por mero acaso, a rapariga que Gerda contratou para retratar nas suas pinturas cancela o encontro. 
Sem alternativa, lembra-se de usar o próprio marido como modelo. 
Ele acede ao seu pedido. 
Será naquele momento que ele, usando roupas de mulher, 
sente nascer dentro de si algo que, com o passar do tempo, se transformará no mais intenso desejo da sua vida: ser mulher. 



Se, ao princípio, isto lhes parece a ambos uma espécie de jogo, 
aos poucos leva-o a uma lenta transformação numa outra pessoa, 
que o obriga a viver uma vida dupla 
enquanto Einar ou Lili – o nome adoptado na sua “persona” feminina. 
Até que ele decide arriscar uma cirurgia experimental na Alemanha 
para mudar de sexo, tornando-se na primeira pessoa 
a submeter-se a uma intervenção do género. 
Ao longo de dois anos, Lili Elbe foi operada cinco vezes. 
No final deste processo, solicitou ao rei da Dinamarca 
que dissolvesse o seu casamento. 
O pedido foi concedido em 1930, altura em que conseguiu 
ver legalizada a sua nova identidade. 
Durante todo o processo, Gerda esteve sempre ao seu lado… 
Estreado na 72.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, 
um filme dramático que conta com a assinatura de Tom Hooper 
("O Discurso do Rei", “Os Miseráveis”). 
O argumento é baseado na obra homónima de David Ebershoff 
que, por sua vez, se inspira na extraordinária história dos artistas 
Einar Wegener/Lili Elbe e Gerda Wegener. 





De facto, Tom Hooper
que mostra uma obra dramática desenhada a pensar 
nos óscares de Hollywood, tendo ainda como chamariz o tratar-se 
de uma adaptação livre de uma história verídica, 
que, possivelmente, nem seria catapultada para o sucesso 
se não fossem as soberbas interpretações de 
Alicia Vikander e Eddie Redmayne. 
... sem dúvida, um sucesso de bilheteira!


Amor. É este o tema de “A Rapariga Dinamarquesa”. 
Quem o for ver porque ouviu dizer que o filme 
retrata a experiência de mudança de sexo do protagonista, 
irá ao engano. Porque o que este filme conta, realmente, 
é uma história de Amor. De Amor pela Vida. 
De Amor entre dois seres humanos.
Einar e Gerda formam o casal Wegener. 
São pintores, em Copenhaga, na Dinamarca. 
Vivem felizes, numa saudável cumplicidade. 
Mas, um dia, por mero acaso, faltou a modelo que Gerda 
havia contratado para figurar nas suas pinturas. 
Para não perder tempo, pede ao marido que a substitua. 
Ele aceita e vê aparecer um desejo há muito escondido, 
o de ser mulher. 
A partir daí, Einar quer abandonar o seu passado, 
estando na disposição de deixar a pintura, 
para se tornar “apenas” em Lili, 
uma mulher em toda a sua plenitude. 
Einar não atravessa todo este calvário interior sozinho. 
Ao seu lado está, sempre, a mulher que o ama, Gerda. 



E Gerda é, efectivamente, a chave de “A Rapariga Dinamarquesa”. 
Porque ela ama Einar e ama Lili. 
Ela não ama o corpo, ama aquele ser humano 
que está ao seu lado e que, um dia, chega à conclusão 
de que é uma mulher presa no corpo dum homem. 
Não é um problema de preferência sexual, 
é um problema de identidade sexual. 
Einar não está interessado em ter relações 
com outras pessoas, mulheres ou homens. 
A única coisa que ele quer é que a parte material 
do seu corpo se funda com o emocional. 
Gerda percebe a dor do companheiro, aceita-a, 
procura ajudá-lo porque o que os une é, efectivamente, 
um Amor em estado puro. 
Por isso, o filme termina maravilhosamente, 
quando Lili confessa a Gerda, após a quinta operação, 
que se sentiu final e totalmente mulher. 
Naqueles momentos, escassos, a vida ganhou total sentido. 
E se foi só por esses momentos que se veio ao mundo 
e que se atravessou todo aquele sofrimento, 
então ter vivido valeu a pena.