quinta-feira, 29 de outubro de 2009

POETAS NOSSOS MUNÍCIPES

Mais um "MOMENTO PERFEITO" na minha vida, este ano de 2009.
A Câmara Municipal da Moita procedeu ao lançamento do Livro “Poetas Nossos Munícipes”, no passado dia 15 de Setembro, no Auditório Lopes Graça, da Biblioteca Bento de Jesus Caraça, aqui na Moita.
A colectânea tem como objectivo a divulgação da poesia e dos poetas locais e, simultaneamente, incentivar a criatividade literária e o gosto pela escrita. Concorreram 20 participantes (eu incluída) que enviaram 130 poemas, tendo o júri escolhido, por consenso, 66 deles para publicação.
O meu grande orgulho é que enviei 6 trabalhos e 4 deles foram escolhidos pelo júri, estes quatro fazem parte dos 66 publicados no livro.
João Lobo, presidente da Câmara Municipal da Moita, lembrou que, em 1997, a Câmara Municipal publicou a primeira colectânea de poemas, dando voz aos poetas do nosso município, uma imensa riqueza que existe no concelho. O presidente da Câmara disse que a poesia é parte integrante das nossas vidas, em que se expressam os afectos, o amor, a revolta, a saudade, a alegria, a raiva e a paixão. “Acreditamos que a poesia faz de nós pessoas mais tolerantes e mais atentas às injustiças do mundo”, crê João Lobo.
O presidente enalteceu também a ilustração da capa do livro, com uma bela fotografia de Teresa Cristina Mourão, participante no "Raid fotográfico" do ano passado, no qual eu também participei.
Em nome do júri, o escritor Miguel Bernardes explicou o trabalho do júri na apreciação e decisão dos poemas recebidos. O escritor referiu as louváveis implicações deste projecto cultural no campo da literatura, da cultura e da faceta humanística do nosso país na procura de uma relação civilizacional com outros povos.
Outro membro do júri, o escritor Alexandre Castanheira, leu alguns poemas do novo livro. Fez também parte do júri, mas não esteve presente nesta sessão de lançamento do livro, o escritor Modesto Navarro. Foi distribuído um livro a cada um dos presentes na sala.

Inscrevi-me num concurso que desafiava os munícipes a participar numa colectânea intitulada “Poetas Nossos Munícipes”, publicada pela Câmara Municipal da Moita.
Esta edição resultou de um desafio lançado pela autarquia, no início do ano, a todos os munícipes com mais de 14 anos com gosto pela poesia, para apresentarem os seus poemas.
A "grande surpresa" foi um dos membros do júri, o escritor Alexandre Castanheira, ter escolhido um dos meus trabalhos para ler ali, publicamente, diante de um auditório com 150 pessoas.
Aqui transcrevo esse poema seleccionado:
PARTIDA

Saí sozinha pelas ruas
Naquela noite quente de Dezembro
Em Moçambique.
Meus últimos momentos
Na terra que me viu nascer.
Se bem me lembro
Seria a minha partida
Para o desconhecido
Para outro Continente.
Viro-me, de repente
Num final adeus,
Num olhar distante,
Comovente,
Triste,
Envolvente!
Encosto-me à porta
Fecho os olhos
E não respiro.
Deixo atrás de mim
Tudo!
Oiço o meu coração
Bater em súplica
Pedindo que não.
Não abandones este lugar
Que será sempre teu.
Mas…já nada podia fazer
Retiro-me.
Naquela manhã fria de Dezembro
Chegava a outro mundo
Ao amanhecer
Em silêncio tremendo
Se bem me lembro!
Com outros desci do avião
De coração apertado
Não sabendo o que me esperava
Um filho pequeno pela mão.
O frio das ruas por onde passava
Pleno Inverno em Lisboa
Gelava a minha alma.
Na nossa frente
Um Natal diferente
Nos aguardava.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A TORRE DA IGREJA

Nas minhas férias de Maio passado, estive numa cidade nova para mim, onde visitei este belo monumento.
Nesta torre existem dois relógios mecânicos, que marcam o ritmo de vida dos cidadãos e da cidade. Antes destes relógios existiram outros. O primeiro começou a trabalhar em 1776 e foi retirado em 1921, encontrando-se hoje na Biblioteca Municipal. O segundo relógio foi doado por um médico Inglês e começou a funcionar em 1922, mas só em 1923 é que se puderam ver as horas e os minutos. Até lá só havia um ponteiro a indicar as horas. Finalmente, em 1989, este relógio foi substituído por outro controlado por um sistema computorizado.



O plano da igreja encontra-se dentro da tradição do gótico, misturado com influências mouras, manuelinas e até locais. Dez arcos góticos ligam as naves e a luz natural é feita por oito frestas manuelinas na capela-mor.


Mais um pequeno desafio:
a que igreja me refiro? Alguém sabe o nome e o local? Aguardo as vossas respostas.
MUITO OBRIGADO PELA VOSSA PARTICIPAÇÃO.
ACERTARAM - é mesmo a Igreja da Sé do Funchal
A primeira igreja do Funchal foi construída perto da praia do Calhau. Ampliada em 1438 e novamente em 1450, depressa se tornou insuficiente para as necessidades da população. Por isso, a 5 de Novembro de 1485, iniciou-se a construção de uma nova igreja no Campo do Duque, que esteve sujeita a diversos atrasos. Em 1500, o Rei voltou a insistir na construção da tão aclamada “igreja grande” e, em 1517, o novo templo foi finalmente concluído.
O recheio da igreja é excepcional e encontra-se espalhado um pouco por todo o lado. Algumas das peças do tesouro podem ser vistas no Museu de Arte Sacra. Quando entra na igreja pode ver algumas das ofertas do Rei, como a pia baptismal, ainda no seu local de origem, o púlpito e o pequeno altar-mor. Seis capelas com arcos góticos ocupam as naves laterais. A capela-mor abre por um arco triunfal e todo o pano de fundo é ocupado por um políptico constituído por uma magnífica colecção de tábuas. Nas paredes laterais sobrevive o cadeiral manuelino, composto por duas filas de cadeiras, sendo a primeira fila reservada aos capitulares e a mais baixa aos capelães. A fila mais alta tem espaldares decorados com imagens dos Apóstolos e dos Profetas. Descrevê-los é simplesmente impossível! Quer nos assentos do cadeiral, quer nos braços das cadeiras, encontra interessantes motivos de influência medieval, alguns um pouco atrevidos, resultado da imaginação dos artífices manuelinos. Na Capela do Santíssimo, decorada ao estilo dos séculos XVIII e XIX, pode apreciar uma grande pintura do século XVII que representa a Última Ceia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

DA JANELA DO MEU QUARTO...

Esta é a vista que tenho da janela do meu quarto.
A casa tem duas frentes, mas a vista que tenho da varanda que dá acesso à sala e à cozinha não se compara a esta.
Adoro estar à janela seja de dia como de noite, pois tudo à volta me transmite uma calma, um sossego. Pois, campo é campo e não há mais nada a dizer.

Preparemo-nos para o Outono, então.
Tempo de introspecção e de arrumar a casa.
E de caminhar sobre as folhas secas.
Como eu adoro esta estação.

Imagem nocturna captada à janela do meu quarto, ao longe, as luzes que iluminam o "Castelo de Palmela", em noites de céu limpo, delicio-me a olhar para o infinito.

Desafio-vos a fazer também um post com a vista que têm das janelas de vossas casas, que tal? Aceitam o desafio? Espero que sim.

sábado, 10 de outubro de 2009

HOJE...RECORDO-TE

HOJE recordo o dia 10 de Outubro de 1982 - dia em que vieste ao mundo, dando imensa alegria a todos nós, há 27 anos.
Eras a 1ª "menina" da família no momento, foste sempre a "minha menina"!
Jamais me passou pela cabeça, que assim como te vi chegar a este mundo, também te ia ver partir...
Esta imagem é a tua mão envolvida por um terço com cheiro a rosas que a Tia tinha comprado quando visitou o Vaticano e trouxe como "recuerdo" de viagem.
Faço-te esta homenagem no "Momentos Perfeitos" porque foste tu que me ajudaste a criar este espaço e porque a tua vinda ao mundo foi um belo momento perfeito...
Num dia de muita dor e alguma inspiração as palavras sairam de dentro de meu coração e fiz esta poesia, pensando em ti:

FIM

Naquela tarde fria
Teu corpo fugia!
Sentimento gelado
Do tudo acabado!
Contraste mórbido
Na alma o frio
No corpo o fio
Condutor da Vida.
Com lágrima discreta
De quem olha o infinito
Ouvindo o som da máquina
De um último grito!
Thoratec de seu nome
Deu-te vida e depois a morte
Ali mesmo, no hospital
Onde te visitei algumas vezes
Tu, em estado de coma
Nada ouvias, mal reagias.
Nesse dia…
Algo me dizia:
Vai visitar a Tânia, Tia!
E mais tarde, ao entardecer
Sob pôr de sol inesquecível
Circulando no meio da avenida
Ressoa o toque do telemóvel
Marcando para todo o sempre,
Um fim!
Justo, injusto!
“Pikena”, grande mulher
pelos direitos clamava
pelos animais lutava.
Morreu!
Da nossa memória, jamais saiu!
Impotência, horrível sensação.
Parece que a nossa vida esmoreceu
Depois de meses de espera, em vão,
Ao ouvir do outro lado:
Morreu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

FOTO SELECCIONADA NO CONCURSO

Tudo começou assim...
Inscrevi-me no 1º Passeio / Concurso fotográfico, organizado pela Junta de Freguesia de S. João de Brito, que surgiu no âmbito das comemorações do 50ª aniversário da Freguesia de S. João de Brito (1959 – 2009) e teve como objectivo promover e divulgar as vivências e costumes da Freguesia.
Independente do Passeio fotográfico, decorreu, simultaneamente e com o mesmo percurso, um Concurso fotográfico. Não era, pois, obrigatório que os participantes do Passeio fizessem parte do Concurso. Mas, eu quis participar também no concurso, seria a minha 1ª vez e, nada se perde em experimentar.
As inscrições para o Passeio, ou Concurso fotográfico, deveriam ser apresentadas até às 17.30 h do dia 13 de Maio, com entrega da ficha de inscrição...assim fiz.
Foi ofertado aos participantes, durante o Passeio / Concurso fotográfico, um almoço conjunto.
O Passeio / Concurso fotográfico seguiu um percurso previamente delineado e teve um guia a indicar o itinerário.
Houve um limite máximo de cem (100) inscrições, tendo sido as mesmas ordenadas por ordem cronológica de entrada.
O Passeio / Concurso fotográfico destinava-se à participação de todos os apreciadores da arte da fotografia.
Aqui está a FOTO DO GRUPO:
Os temas a Concurso, à escolha dos participantes, foram:
1- Verde
2 - O freguês
3 - A minha alegre casinha
4 - A cor do Mercado
5- A Mata de Alvalade
Cada participante no Concurso podia apresentar um máximo de 3 fotografias, sendo que cada fotografia a Concurso era avaliada e classificada como peça única e não como elemento do conjunto apresentado pelo mesmo. Os trabalhos deviam ser entregues presencialmente, ou enviados até ao dia 15 de Junho 2009 (data de carimbo dos CTT).
Cada participante devia confirmar a autoria das fotografias e declarar que permite a sua publicação e uso em todo o tipo de publicidade (página web, catálogo, exposições, promoção do Concurso, etc.). A Junta de Freguesia de S. João de Brito compromete-se a mencionar sempre o nome do autor das fotografias nas utilizações que delas venha a fazer, renunciando este a receber qualquer contrapartida financeira ou de outra índole, considerando ambas as partes que o objectivo dessas publicações, edições e outras têm interesse meramente cultural, promocional e social. Todos os trabalhos foram registados e codificados.


O Júri (5 elementos) do presente Concurso teve a seguinte composição:
a) 2 representantes da Junta de Freguesia de S. João de Brito;
b) 1 fotógrafo convidado pela organização;
c) 1 representante de uma loja de fotografia sita na Freguesia;
d) 1 representante da Associação de Comerciantes do Bairro de Alvalade.
O Júri apreciou todos os trabalhos com as competências de:
a) Seleccionar os trabalhos apresentados a Concurso.
b) Atribuir os prémios do Concurso.
c)
Seleccionar os trabalhos que seriam expostos na galeria de exposições da Junta de Freguesia em Outubro dado que o espaço não comporta mais do que 20 fotografias.
As fotografias seleccionadas, poderão ser expostas noutros locais, e, como tal, não serão devolvidas se assim o decidir a entidade organizadora.

Ora bem, prémios ainda não tenho, mas estou muito feliz porque uma das fotografias com que participei no concurso foi escolhida entre imensas fotos, pelo júri, para neste momento fazer parte da exposição colectiva que está patente ao público na Junta de Freguesia de S. João de Brito.

A exposição, após a inauguração, que foi na passada 3ª feira, dia 29 de Setembro, estará aberta ao público de 29 de Setembro a 19 de Outubro, de 2ª a 6ª no horário de expediente da Junta de Freguesia.

Por isso, tenho todo o gosto em convidar todos que me visitam para apreciar mais um trabalho meu, que se destacou num grupo onde estão as 20 melhores fotos na opinião do júri.

Além da foto do grupo, aqui podem ver a "tal foto seleccionada", subordinada ao tema "O freguês" captada dentro do Mercado nesse sábado.