Nestas 3 imagens captei uma cena de "flirt" entre pombos no telhado de um prédio vizinho: na 1ª foto cada qual está a marcar o seu terreno, com as devidas distâncias; na 2ª foto é a fase da aproximação e na 3ª imagem, parece que não correu bem, um partiu e o outro ficou só e desanimado(a)...
(parte do texto da net e fotos minhas)
Hoje decidi falar do “flirt” - ao que parece todos sabemos os passos desta dança erotizada; há quem diga que, para podermos aperfeiçoar a performance, devemos ter algumas lições; eu não concordo, ou é espontâneo ou…com aulas, parece-me uma coisa trabalhada e isso não é tão natural.
Quando uma amiga me confessou que o olhar dos homens a fazia sentir-se viva, pensei de mim para mim, como para ela era fácil sintetizar uma necessidade que toda a gente tem, mas que poucos assumem ter: a de ser flirtada. E a de flirtar. Porque nestas coisas não interessa quem toma a iniciativa, mas torna-se mais interessante quando existe reciprocidade, tornando-se um jogo a cada passo mais intenso. Pode demorar horas, até que um dos jogadores ‘denuncie’ o cansaço.
Há quem admita gostar do flirt. Outros escondem. Também há os que desconhecem o seu poder de flirtar. E outros, cujos valores morais não deixam soltar as asas do desejo. Mas, no final, toda a gente flirta. Flirtam os solteiros. E os casados também. E flirtam porque isso faz parte da natureza humana. Afinal, treinamos a sedução desde pequenos, quando tentamos conquistar a mãe e o pai e trazê-los para o nosso lado. É verdade que este tipo de canto e encanto ainda não tem a componente erótica, mas já é sedução. “Flirtamos por uma necessidade que serve para combater as nossas maiores dúvidas em relação a nós próprios”, explicam alguns psicólogos e psicoterapeutas. Dizem mais: Inseguras porque não são suficientemente boas (e/ou reconhecidas) na vida amorosa ou na profissional, muitas pessoas tentam compensar essa falha com uma crescente necessidade de flirtar.
Por uma questão que se prende directamente com a nossa auto-estima, somos caçadores. E, simultaneamente, presas de um jogo feito de insinuações, de avanços e recuos. Flirtar é um jogo de tapa e destapa, cheio de estratégias de sedução erotizada. “O flirt é seduzir de forma erotizada, se não houver erotização não há flirt.” Apesar de também poder ser exercitado através das palavras, há quem afirme que estas “também têm muito peso” – o flirt é uma linguagem essencialmente não verbal.
Flirtar é uma dança, está carregada de gestos, olhares intensos e movimentos de corpo. A mulher deixa descobrir o pescoço afastando o cabelo, pestaneja, e levanta levemente a sobrancelha, pode cruzar e descruzar as pernas... às vezes ruboriza. O homem exibe a caixa torácica, em posição de ataque. Segundo os cientistas, são tudo formas de dizer ‘estou preparada(o) para um relacionamento físico, estou disponível’. É uma janela de oportunidade que se abre: “Não é sim, nem não”, explicam alguns cientistas, mas a possibilidade de ser qualquer coisa sem qualquer tipo de comprometimento.
Mas, afinal, o que queremos com o flirt? Jogar apenas, sem consequências? Alimentar a nossa auto-estima? As teorias dividem-se.
“Há personalidades que necessitam de flirtar, e flirtar às vezes é sentirem que ainda são objectos de desejo, provocando ou imaginando que provocam desejo no outro.” Normalmente, o flirt tem sempre um objectivo concreto que é o relacionamento com o outro, com o objecto de sedução. O flirt tem o objectivo de concluir, ter um resultado. O que depois temos é o peso da ética, da moral, que nos coloca vários níveis de travão.”
“Há personalidades que necessitam de flirtar, e flirtar às vezes é sentirem que ainda são objectos de desejo, provocando ou imaginando que provocam desejo no outro.” Normalmente, o flirt tem sempre um objectivo concreto que é o relacionamento com o outro, com o objecto de sedução. O flirt tem o objectivo de concluir, ter um resultado. O que depois temos é o peso da ética, da moral, que nos coloca vários níveis de travão.”
É assim com os animais, é assim connosco. É uma coisa física.”
Vou deixar uma pergunta no ar:
Vou deixar uma pergunta no ar:
O que é para si o flirt?