Entre muitas outras coisas,
viajar tem a grande vantagem de nos fazer entrar no casulo da descoberta e esquecer, pelo menos momentaneamente, que há vida para além dele.
Quando toda a gente aguardava as notícias sobre a aprovação ou não do orçamento... estava eu a tentar escapar por entre a chuva mas, ainda assim, a deliciar-me com algumas paisagens improváveis. E a pensar em tudo menos na crise, admito.
Regressei ao mundo real na sexta-feira, calmamente fui-me apercebendo das recentes notícias. Mas, nada de ficar em choque, apenas constactar que vem aí uma grande crise.
Contrariando as recomendações dos ministros das Finanças europeus na redução de impostos, a Croácia está no topo da lista de IVA - já 23%; no entanto, existem privilégios que cá nunca tivemos nem havemos de ter, como, p.e., os transportes públicos no centro da capital, Zagreb, serem gratuitos para toda a gente, seja para os turistas ou para quem lá vive e trabalha.
A economia da Croácia baseia-se fundamentalmente em serviços variados e indústria, nomeadamente dos sectores químico, naval e metalo-mecânico.
O turismo é uma grande fonte de receitas.
O produto interno bruto per capita de 2008, em termos de paridade de poder de compra, foi de 18.575 dólares americanos, ou 63,2% da média da União Europeia, segundo o Eurostat. A economia croata é pós-comunista. No fim dos anos 80, no início do processo de transição económica, a sua posição era favorável mas foi fortemente prejudicada pela guerra, essa terminada em 1995.
Os problemas principais incluem o desemprego estrutural e uma quantidade de reformas económicas consideradas insuficientes por alguns economistas.
Particularmente preocupante é o sistema judicial antiquado, em especial no que diz respeito à posse das terras estatizadas no período comunista. Contudo, tais problemas vêm sendo alvo de grande mobilização no sentido de serem resolvidos por reformas legais ocorridas no âmbito das negociações para a entrada do país na União Europeia. Mesmo assim, o país tem vindo a experimentar um crescimento económico rápido em preparação de uma adesão à União Europeia, que já é o seu principal parceiro comercial, sendo, sua economia, considerada pelo Fundo Monetário Internacional como uma economia desenvolvida (high-income).