sexta-feira, 30 de março de 2012

A CIDADE ROMANA DE MIRÓBRIGA

Esta é a colina com que nos deparamos ao início da visita a MIRÓBRIGA



A história de Santiago do Cacém é, no entanto, muito mais antiga, como o comprovam os vestígios arqueológicos expostos no Museu Municipal. Esse passado tem como principal marca a ocupação romana.

No topo de uma colina situada mais para leste, existiu uma importante cidade romana: Miróbriga.

As ruínas estendem-se por uma área de 2 km2 e apresentam restos de ruas calcetadas, lojas, um hipódromo, termas, e, como em qualquer cidade imperial, o fórum e o templo.

A cidade romana terá sido construída sobre um povoado anterior de finais da Idade do Bronze.

Miróbriga terá atingido o seu apogeu entre os séculos I e IV, tendo a partir daí entrado em decadência.

São bem visíveis e facilmente identificáveis os edifícios das termas (com banhos quentes e frios), bem como o coração da cidade, o espaço sobreelevado onde se situavam o templo (provavelmente dedicado ao culto imperial) e o fórum.

Mais raro e difícil de identificar por um observador não avisado é o espaço onde se erguia aquilo a que hoje chamaríamos «complexo desportivo»: o circo e hipódromo. Situa-se a cerca de 1 km a sul do fórum e correspondia a um «estádio» de 370 m de comprimento por 70 m de largura, com uma meta em cada extremidade




Ficava assim assegurado, por um lado, o fornecimento dos produtos agrícolas e piscatórios a este centro urbano e, por outro, o escoamento dos minérios de que é rica a região adjacente a Miróbriga, quer seja a Serra de Grândola, quer a do Cercal, onde se exploraram ao longo de séculos minas de cobre e ferro. Inclinamo-nos, mesmo, a aceitar que a riqueza metalífera da região pode ter sido um dos factores determinantes da ocupação deste local, funcionando Miróbriga como uma espécie de plataforma de acesso à zona mineira e aos povoados do interior da serra.
A óptima situação geo-estratégica, que facilita o domínio em relação à faixa arenosa e plana que se estende deste local até ao Oceano, de que dista aproximadamente 15 km em linha recta, associada aos recursos naturais − agrícolas e mineiros − deve ter conferido a Miróbriga importantes funções comerciais, permitindo-lhe o controlo de um vasto território ou ciuitas.



(imagem da DOMUS com FRESCOS)






Miróbriga foi habitada desde, pelo menos, a Idade do Ferro, quando a zona de cumeada foi ocupada por povos de possível filiação céltica, como se pode deduzir pelo topónimo terminado em “briga”, comum a mais de uma centena de Sítios Arqueológicos peninsulares, que pode significar povoado fortificado ou edificado num ponto alto.
De facto, o topónimo como ficou conhecida vulgarmente a zona onde se implanta o forum de Miróbriga, “Castelo Velho”, denuncia também essa ocupação pré-romana, que é confirmada arqueologicamente em Miróbriga desde, pelo menos, o século V a. C.

Por sua vez, o radical do topónimo − Miro − tem contribuído para que alguns investigadores associem a “Miróbriga Céltica” ao rio Mira, inclinado-se assim para que a sua localização se situasse em Odemira.




Tratando-se de um oppidum ou povoado fortificado que foi romanizado, a implantação latina de Miróbriga foi condicionada pela pré-existente ocupação e pela teia de relações estabelecida entre as comunidades da Idade do Ferro.
Os habitantes do oppidum stipendiarium de Miróbriga (Plínio, Nat. Hist., IV, 116) dever-se-ão ter entregue a Roma, tornando-se livres, tal como aconteceu a numerosas povoações que se tornaram em “ciuitates stipendiariae”, ficando, contudo, submetidas, como era usual, a vários tipos de imposições e cargas fiscais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Miróbriga entrou na esfera de influência romana a partir do século II a.C. e, no século I d.C., foi implementado um programa de amplas construções, como as do forum.
O aglomerado urbano estendeu-se também, nessa altura, para as zonas mais baixas, onde se implantaram umas TERMAS ou BALNEA.







O objetivo do Dia Mundial da Água é criar um momento de reflexão, conscientização e análise para que sejam elaboradas medidas práticas para a solução do problema.
Foi em 22 de março de 1992 que a ONU fez a divulgação da “Declaração Universal dos Direitos da Água”.

O texto apresenta uma série de medidas, informações e sugestões para conscientizar ecologicamente a população e os governantes.
Não somente nesta data, mas em todos os dias, devemos praticar alguns atos que podem nos ajudar futuramente.

Não podemos jogar lixo nos rios e lagos, devemos economizar a água em nosso dia a dia, reutilizar ela em algumas situações, entre tantas outras maneiras que podemos ajudar o meio ambiente.


HOMENAGEM ao DIA MUNDIAL DA ÁGUA

com a apresentação de algo relacionado com água:

as "termas de Miróbriga"

nesta imagem vê-se o interesse com que o grupo assistia às explicações do Guia que nos acompanhava, na visita guiada



Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em
particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um
empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.



As termas são das mais bem conservados no país.

Temos as termas este, edificadas no século II d.C.,

e as termas oeste que viram o nascer do dia por volta da segunda metade do mesmo século.

Tanto a escolha topográfica para a implantação, como os materiais para a sua construção foram escrupolosamente pensadas.

Existe uma zona de entrada, com salas para massagens, vestiário, e zona de água fria (frigidarium) e água quente (caldarium).

(fotos minhas)

domingo, 18 de março de 2012

MIRÓBRIGA - ESTAÇÃO ARQUEOLÓGICA

Miróbriga fica situada no Baixo Alentejo Litoral, no distrito de Setúbal, nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém, sede do concelho com o mesmo nome.
O acesso a Miróbriga faz-se pela Estrada Nacional 120 que, de Santiago do Cacém, sai em direcção a Grândola/Lisboa.

A cerca de 500 m de Santiago, existe um ramal que se encontra sinalizado, de onde parte para a esquerda um segundo, igualmente sinalizado, no fim do qual se depara com a actual entrada do Sítio Arqueológico.

Quem, a partir daí, deseje dirigir-se ao hipódromo, deverá virar à esquerda até atingir, a cerca de 300m, a Estrada Nacional 261, que liga Santiago do Cacém a S. Domingos. Voltando novamente à esquerda, e percorrendo cerca de 200 m, encontrá-lo-á do lado esquerdo da estrada.
As ruínas de Miróbriga possuem guardaria e Centro Interpretativo e encontram-se abertas todos os dias à excepção de segundas-feiras e feriados principais.
Nas primeiras 3 fotos (de minha autoria) vê-se o

CENTRO INTERPRETATIVO DE MIRÓBRIGA




Alguns dos materiais arqueológicos provenientes de várias escavações efectuadas neste Sítio encontram-se expostos no Museu Municipal de Santiago do Cacém e no Centro Interpretativo de Miróbriga.

À entrada do Sítio Arqueológico pode ver-se a CAPELA DE S. BRÁS, pequeno templo seiscentista, que foi edificado sobre ruínas da antiga cidade de Miróbriga.






As ruínas de Miróbriga são conhecidas desde o século XVI, quando foram referidas pelo Humanista André de Resende que, retomando as referências do autor latino Plínio, cita uma povoação outrora chamada Merobrica, na sua obra De Antiquitatibus Lusitaniae, lib. 4, publicado em 1597.

A existência de vestígios que descreveu como tratando-se de muralhas cercadas com torres, de um aqueduto, de uma ponte e de uma fonte correndo de uma pedra quadrada, fizeram-no concluir da existência de uma “antiga cidade”.


O escritor romano Plínio tinha-se efectivamente referido a uma Merobrica entre as povoações costeiras dignas de nota, localizadas entre o Tejo e o Algarve, e aos oppida Stipendiariorum entre os quais nomeou os Mirobrigenses qui Celtici cognominantur (Plínio, N.H. 4,116).
No entanto, a correspondência entre essa povoação e o local que agora descrevemos é difícil de comprovar até ao presente, porque, apesar de terem aparecido várias inscrições, algumas delas levantam algumas dúvidas quanto à sua autenticidade, como é o caso da encontrada na região de Santiago do Cacém, de Gaio Pórcio Severo, um Mirobrigensis celticus.



No entanto, até que novos dados venham decididamente provar o contrário optamos por continuar a designar este local como Miróbriga.
Miróbriga foi objecto de várias campanhas de escavação desde o século XIX promovidas por D. Frei Manuel do Cenáculo, bispo de Beja e, posteriormente, arcebispo de Évora, tendo sido integrados os materiais arqueológicos na sua colecção.

Durante a presente centúria, foram efectuados inúmeros trabalhos arqueológicos, entre os quais os dirigidos por Cruz e Silva, investigador natural de Santiago do Cacém, entre 1922 e 1948, e pelo Professor D. Fernando de Almeida, entre 1959 e 1978.



Miróbriga representa um dos mais marcantes vestígios da ocupação dos romanos no Sudoeste de Portugal.

Foi classificada de Imóvel de Interesse Público, em 1940.
A cidade romana estende-se por mais de 2 km, apresentando ruínas de edifícios de habitação, ruas pavimentadas, um
hipódromo, termas, uma ponte e um fórum.


O Fórum de Miróbriga encontra-se localizado numa zona chamada de "Castelo Velho", o
topónimo de castelo, no sul indica inúmeras vezes ocupação pré-romana.

É o caso de Mirobriga.

Foi ocupada já desde a Idade do Bronze, e do Ferro onde beneficiou das trocas comerciais púnicas no século IV a.C.


O GRUPO seguia atentamente todas as informações dadas pelo Guia da visita


Saímos de SETÚBAL em direcção a Santiago do Cacém e a 1ª paragem foi em MIRÓBRIGA que tem como principal marca a ocupação romana.


No topo de uma colina situada mais para leste, existiu uma importante cidade romana: Miróbriga.


As ruínas estendem-se por uma área de 2 km2 e apresentam restos de ruas calcetadas, lojas, um hipódromo, termas, e, como em qualquer cidade imperial, o fórum e o templo.

A cidade romana terá sido construída sobre um povoado anterior de finais da Idade do Bronze.

Miróbriga terá atingido o seu apogeu entre os séculos I e IV, tendo a partir daí entrado em decadência. São bem visíveis e facilmente identificáveis os edifícios das termas (com banhos quentes e frios), bem como o coração da cidade, o espaço sobreelevado onde se situavam o templo (provavelmente dedicado ao culto imperial) e o fórum.



segunda-feira, 12 de março de 2012

ARQUITETURAS - COLECTIVA FOTOGRÁFICA


CAS – CENTRO DE EXPOSIÇÕES (sala principal)
10 de março a 28 de abril
Inaug. 10 de março, às 18h00
Todos os dias, 14h00-20h00
Org. Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS),
SYNAPSIS,
Centro de Artes de Sines
e Centro Cultural Emmerico Nunes


Estive presente na inauguração desta EXPOSIÇÃO COLECTIVA - no sábado passado - dia 10 MARÇO - onde o meu grande AMIGO JOSÉ ALEX GANDUM está presente com dezenas de fotos de sua autoria que passam aqui neste monitor - tive o prazer de o fotografar junto aos seus trabalhos











Exposição coletiva de fotografia com obras de António Manuel dos Santos, António Marrachinho Soares,

Carlos Medeiros, Eduardo Carqueijeiro,

José Alex Gandum,

Mafalda Pires da Silva e Rosa Nunes.

Embora perseguindo objetivos diferenciados e usando linguagens muito distintas, os sete fotógrafos reuniram-se em “Arquiteturas” pelo imperativo de partilharem experiências de captação e interpretação de fragmentos dos seus quotidianos

Foi servido um porto de honra aos convidados nesta inauguração

(imagens de minha autoria)



SINES surpreendeu-me pela POSITIVA

este CENTRO DE ARTES é de uma beleza indescritível, ora leiam:
Vencedor do prémio AICA/MC 2005

e finalista do Prémio Mies van der Rohe 2007,

o Centro de Artes de Sines é um edifício marcante da arquitetura portuguesa contemporânea e o principal equipamento cultural e de suporte às artes e educação em Sines.

A sua atividade divide-se em vários espaços e valências:

quinta-feira, 8 de março de 2012

CARRASQUEIRA - PASSEIO AO ALENTEJO

A Carrasqueira é uma aldeia do Concelho de Alcácer do Sal e localiza-se na Reserva Natural do Estuário do Sado…

um dos seus pontos de interesse é o seu Cais Palafítico

e esta é a história que poucas pessoas conhecem e que teve início 30 anos atrás…

Os habitantes da aldeia da Carrasqueira dividem a labuta diária entre a faina do mar e o amanho da terra.

A primeira pesca foi a apanha de amêijoas de cabeça (que eram vendidas a pessoas que se deslocavam à aldeia e aí as compravam).

Nesses tempos não haviam balanças, pelo que eram utilizadas latas de meia arroba para servir de medida.

Depois as pessoas começaram a comprar ostras.

Foi esta pesca que trouxe um grande desenvolvimento à Carrasqueira.

Pelo que houve a necessidade de arranjar condições para acolher o crescente número de pescadores e respectivas embarcações.

E para que a pesca fosse possível, importava criar um acesso à água que não ficasse condicionado ao vai e vem das marés.

É que, em situação de maré cheia a água atingia e às vezes galgava o “muro de maré” que defendia os terrenos agrícolas, para depois recuar na maré vazia algumas dezenas, senão centenas, de metros, entrepondo uma barreira de lodo entre a terra e a água.





As origens do Porto

Assim, escolhida que foi a melhor localização, no final de uma vala de drenagem dos terrenos agrícolas, dois pescadores lembraram-se de espetar uma estaca na borda do muro e puseram umas tábuas por cima para passarem.

Os pescadores foram-se assim juntando dois a dois, constituiriam o seu bocado, espetavam mais estacas adiante do que estava e punham tábuas por cima, sendo que cada pescador atracava os barcos no seu lado.

Este foi um processo evolutivo que prolongou o emaranhado de estacas e tábuas por centenas de metros.

Isto passou-se nos anos 50/60 e os pescadores eram poucos então. Reconhecendo no Estuário um manancial de riqueza tão próximo, as populações locais foram evoluindo no seu aproveitamento, abraçando cada vez mais a pesca como actividade mais lucrativa, mas sem abandonarem por completo a agricultura (a agricultura era a actividade dominante, enquanto a pesca inicialmente não era mais do que um complemento dos parcos rendimentos que a agricultura de latifúndio permitia aos trabalhadores).

E assim nasce o Cais Palafítico da Carrasqueira, que é hoje um dos locais mais visitados do concelho de Alcácer.




Praias da Comporta e da Conceição são as mais acessíveis do país
A Comporta, em Grândola, conquistou o 1.º lugar na última edição do prémio Praia + Acessível.

O outro prémio desta iniciativa, correspondente ao 2.º lugar, foi para a Conceição, em Cascais.
O prémio Praia + Acessível, edição 2011, criado no âmbito do programa Praia Saudável, já tem vencedores.
Comporta (Grândola), no 1.º lugar, e Conceição (Cascais), no 2.º, foram reconhecidas como as praias que, durante a época balnear, se distinguiram "ao nível de boas práticas instituídas na área das acessibilidades".

Sublinhe-se que esta é a 3.ª edição do prémio e que a Comporta tinha antes conseguido dois segundos lugares.

Os dois municípios foram premiados com cerca de 5 mil euros em equipamentos para aplicação nas praias, para uma "melhoria contínua das condições das suas zonas balneares".

na sequência do post anterior - a travessia do SADO - hoje mostro algumas imagens do passeio que incluiu uma visita à CARRASQUEIRA

e à PRAIA DO CARVALHAL,

vizinha da COMPORTA que foi galardoada com um prémio bem merecido.

No enorme areal, a minha neta perdeu-se de amores por este cãozinho e foi uma delícia poder captar imensas fotos dela a brincar com o cão, bem como o meu neto que, quando nos descobriu, já não largou o cãozito.

Passámos "Momentos" muito agradáveis.





sábado, 3 de março de 2012

TRÓIA, UMA PENÍNSULA POR DESCOBRIR...



TRÓIA, UMA PENÍNSULA POR DESCOBRIR…

Este slogan tem andado na net há algum tempo, desde que a SONAE se apoderou de Tróia e a mudou completamente.

Sempre me senti uma sortuda por viver na outra margem, do lado de Setúbal e ter tantas preciosidades da NATUREZA bem perto, como a SERRA DA ARRÁBIDA - O ESTUÁRIO DO SADO bem como o ESTUÁRIO DO TEJO e TRÓIA.

Entre o Sado e o Atlântico - Banhada pelo Atlântico, Tróia goza de uma situação privilegiada na costa ocidental:

a amenidade que caracteriza as praias da Costa de Azul rivalizam com as suas congéneres algarvias na tranquilidade e temperatura das águas, chegando a suplantá-las na beleza da paisagem que as envolve.

Um mar a perder de vista e areais imensos de dunas douradas separam o oceano de terra firme, da mesma forma que o delta do Sado separa Tróia de Setúbal.

Este delta único é um refúgio para a garça-azul e a garça-real, para além de inúmeras espécies de peixes.

Beleza Natural - Num país famoso pelas suas praias, é bom saber que ainda há lugares como Tróia, poupada à pressão turística de outras regiões, com praias extensas para ser descobertas.

Estendendo-se por uma faixa de excepcional beleza natural tocada apenas pelo mar, elas são um convite irrecusável para desfrutar o que a natureza tem de melhor.

O tempo e os elementos formaram as dunas ao longo dos séculos. A vegetação que aí cresce, protege-as contra a erosão, mantendo o equilíbrio natural e o carácter da paisagem.

Passadiços em madeira conduzem directamente ao mar, como se fossem verdadeiros caminhos para o paraíso. A localização privilegiada de Tróia possibilita uma mistura única de vegetação, onde palmeiras crescem lado a lado com pinheiros, criando refúgios para uma rica diversidade de flora e vida animal.



estas são algumas das fotos que captei na minha travessia do SADO no sábado passado, mas foi a última vez que o fiz, com muita pena minha;

até isso nos querem tirar.

Uma das minhas preocupações é mostrar aos meus netos a beleza natural que nos rodeia, além de ser um prazer.

HÁ VIDA NO RIO SADO

é isso que eu gosto de lhes mostrar, os pescadores na sua faina da pesca bem como outras imagens, mas...não se pode fazer isso devido aos elevados custos.


O novo tarifário dos barcos que fazem a ligação Setúbal/Tróia, com aumentos de cerca de 25 por cento no preço dos bilhetes e de 50 por cento nos passes mensais, entrou em vigor e eu que não me lembrei disso.

Já tinha sentido na pele o aumento dos transportes desde 1 de Fevereiro, pago agora pelo meu passe, para ir trabalhar 110,80€ - é isso mesmo, são 22 contos na moeda portuguesa que dispendo mensalmente para me deslocar para o trabalho.

Fui passear e quando vou em diversão, esqueço-me desses pormenores, o principal era estar em família, e satisfazer alguns dos gostos dos meus netos. Eles já tinham atravessado o Sado comigo no Verão de 2010 nos tais ferries que fazem a ligação de Setúbal a Tróia e adoraram;

desta vez pensei que faria essa viagem mais por eles do que por mim, mas…ficou uma promessa:

Jamais voltarei a atravessar de ferry e com o carro o Sado, foi a última vez.
O novo tarifário anunciado pela Atlantic Ferries, a concessionária dos transportes fluviais entre as duas margens do Sado, decidiu um aumento dos bilhetes individuais de dois para 2,5 euros (passageiros), de 9,60 para 11 euros (viaturas, incluindo o condutor), e, nos passes mensais, de 40 para 60 euros.
Os aumentos são contestados pelos presidentes das câmaras de Setúbal, Maria das Dores Meira (CDU), e de Grândola, Carlos Beato (PS). Os dois autarcas não se conformam com o agravamento dos preços, que consideram excessivos para as populações dos dois concelhos, e prometem contestá-los junto do Governo.


A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, defende também que as contrapartidas do novo Casino de Tróia, que revertem apenas a favor da Câmara de Grândola, deveriam ser partilhadas com o município setubalense e que uma parte desse montante poderia ser utilizado para subsidiar os transportes fluviais entre as duas margens do rio Sado.
Carlos Beato não se compromete com nenhuma resposta, mas admite discutir a sugestão da homóloga setubalense.

A Atlantic Ferries alega que a empresa apresenta prejuízos de 5,7 milhões de euros e que a situação se tem vindo a agravar devido ao aumento do preço dos combustíveis, que já representam 21 por cento dos custos totais, e ao atraso no arranque de diversos projectos turísticos previstos para o Alentejo Litoral, a sul da Península de Tróia.



Chegada ao PORTO de SETÚBAL - ficam estas imagens para a posteridade...

Na imagem abaixo pode-se ver que até os amantes do golf usam o ferry, mas a pé, trazem os seus equipamentos às costas, pois de carro não se pode atravessar de barco o rio...


BELOS TEMPOS em que TRÓIA era para o POVO...!!!