Continuando o meu passeio por LEIRIA encontrei as ESCADAS DE ARTUR LOBO DE CAMPOS
Artur Lobo de Campos, oficial do exército, natural de Leiria, escreveria sobre aquele seu conterrâneo, nomeadamente em A poesia de Affonso Lopes Vieira (1922).
Retiro a seguinte mensagem de Afonso Lopes Vieira ao amigo, datada de 10 de Junho de 1911: "Recebida e estimada a sua epístola. Temos passado dias deliciosos, fazendo um mundozinho na solidão, e nem o tempo (q. já mudou) conseguiu prender-nos ou aborrecer-nos. Escrevo-lhe ao serão, depois d'um dia de larga excursão em carro de bois. O R. L. tem gostado imenso, assim como a Senhora, q. é uma excursionista admirável, andando léguas sem cansaço. E prontos para esta vida de Pinhal e de Varanda, com a melhor disposição. São encantadores. Vamos no dia 14 pª as Cortes e no dia 18 devemos estar em Lisboa, indo nós talvez pª Sintra, se a Câmara me deixar".
Imagens do CASTELO DE LEIRIA tanto de dia como de noite
É uma das “glórias” de Leiria referidas por Afonso Lopes Vieira, e um dos locais sempre revisitados
por Acácio de Paiva nas suas vistas a Leiria, celebrado igualmente nos seus poemas.
Monumento Nacional e ex-libris da cidade por excelência, é um dos locais “obrigatórios”
de visita para quem quer conhecer a história e a alma de Leiria.
O morro onde se situa o Castelo de Leiria, bem como o seu território, foi conquistado aos muçulmanos,
no segundo quartel do século XII, por D. Afonso Henriques. Assim, a História de Leiria
propriamente dita teve início em 1135. Erguido sobre um penhasco dolerítico,
o castelo concentrou funções militares defensivas, de administração religiosa e de núcleo habitacional.
A Sé de Leiria foi construída em 1559, ao tempo do segundo bispo de Leiria,
D. Frei Gaspar do Casal, e sob a responsabilidade do Arquiteto Afonso Álvares.
As obras ficaram concluídas em 1574, ano em que nasceu o
Poeta Francisco Rodrigues Lobo. Apresentando uma arquitetura algo severa,
de estilo maneirista e barroco, este imponente templo filia-se
nas igrejas-de-salão como as sés de Portalegre e Miranda do Douro.
A personagem de Eça de Queiroz, o Padre Amaro era o seu pároco
e queixava-se do seu estilo frio e jesuítico.
O Poeta Acácio de Paiva foi aqui batizado, brincou quando criança
no adro e celebrou na Sé o seu casamento com D. Constança Correia.
um edifício de esquina onde se vê escrita a palavra Farmácia, no modo antigo
e
uma das ruelas do centro histórico, bem iluminada na noite que lá passei