A aldeia de Alte situa-se no concelho de
Loulé, 
para lá do barrocal algarvio 
e espreita com orgulho a Serra do Caldeirão 
a erguer-se a Norte. 
Afastada do turístico Litoral, é considerada
uma das aldeias 
mais típicas e preservadas do Algarve (e mesmo de todo o
Portugal), 
com as suas casas pintadas nas cores correntes da região 
(ocre,
almagre, azulão, antracite, destacando-se de um fundo branco), 
as açoteias, as
tradicionais chaminés e as ruelas pavimentadas 
em calçada portuguesa.
Em 1871, nasceu aqui
o poeta Francisco Xavier Cândido
Guerreiro, 
cujo retrato se encontra perpetuado 
nos painéis de azulejos do
aprazível jardim da Fonte Pequena, 
juntamente com alguns dos seus poemas.
Fonte Pequena e Fonte Grande - Nascentes de
água 
(Olho de Boi) que, durante séculos, foram local de encontro 
das mulheres
da aldeia para encherem os cântaros de água 
e lavarem a roupa, hoje são um
local aprazível 
propício ao repouso e piqueniques. 
Tratam-se de nascentes de
água localizadas num pequeno vale 
junto da aldeia de Alte. 
Nas margens da
ribeira encontram-se restaurantes, cafés, 
áreas de piquenique e de banhos 
(a
represa constitui uma piscina natural). 
As águas da Fonte Grande e da Fonte
Pequena 
que dão origem à Ribeira de Alte, 
já                                    fizeram mover os nove moinhos da
aldeia.
Ponte de acesso á vila, que passa sobre a ribeira. 
Vejam-se
os bandos de patos mudos, patos reais e cisnes 
que passeIam calmamente pela
ribeira em busca de comida 
que os transeuntes e residentes lhes atiram à água.... 
É deste ALGARVE INTERIOR que EU ADORO...
Muitas coisas ficaram por ver, mas muitas ficaram na memória. 
É um passeio para fazer só, ou em família, 
mas não esquecer nunca um farnelzito
e um livro ou caderno de apontamentos, 
de forma a poder apreciar
verdadeiramente este ambiente à nossa volta, 
que tanta gente inspirou...
ESCULTURA de VITOR PICANÇO
 







