sábado, 28 de fevereiro de 2009

ASSIM SOU FELIZ...

Hoje vou abrir o meu coração e dizer-vos alguns casos em que sou completamente Feliz.
Quando posso participar em jogos de palavras, brincando com elas da forma que me apetecer...
A mais recente oportunidade que tive foi, a de participar no 11º jogo das 12 palavras, que o Amigo Eremita nos proporciona através do seu blog:
http://eremiterioblogspot.blogspot.com/

Aqui está o texto que fiz:
“RECORDAÇÕES”

Nas praias da minha infância, em África, passei momentos de grande felicidade.
Naquelas areias corri, brinquei. Sonhei.
Saltava para dentro dos barcos, arrumados junto às árvores, à espera dos pescadores.
Os solitários encontram-se na praia, jogam futebol de praia, estendem-se ao sol
e vivem os seus amores.
Um dia, um tremendo susto, pois um tigre que tinha fugido do zoológico, corria pelas dunas. Um perigo enorme para todos, mas Deus é Soberano e tudo se resolveu da melhor maneira.
Ao fundo, um navio espreitava, saindo do oceano.
Junto à janela, miro a solidão pendurada nos galhos dos cajueiros.
É noite de luar; o vento move os moinhos nos prazeres do destino.
No silêncio da noite ouve-se o suspiro de uma sereia na beira do mar. Olhar o céu e se arriscar pela areia da praia, vendo a lua, como quem está de partida. De repente, uma batida forte interrompe os meus pensamentos.
Diante da vasteza do tempo e da imensidão do escuro, é um imenso prazer para mim saber que estás por perto. Conheces o sabor das minhas lágrimas. Procuro o teu regaço. A cabeça deitada em linho macio, o cabelo enfeitado da luz do luar… Vem pois, Morfeu de mansinho, acalmar o meu sono agitado.
Uma oscilação forte no meu peito agoniado. Sinto a boca seca.
Mas que situação tão estranha!!!
Para quando um pouco de Paz, dentro de mim?
Na rua, filas de carros aguardam a passagem do comboio, que desliza velozmente. Perante a sacudidela do vento, as minhas roupas levantam-se e, envergonhada, afasto-me.
Dormindo, sou livre para sonhar!
Então, finalmente sorrirei.
Esta imagem representa o logotipo do "Encontro Fotográfico de Oeiras" que aconteceu dia 11 de Outubro de 2008 e pela 1ª vez participei num evento do género. Adorei, como podem imaginar! E, assim vou sendo Feliz à minha maneira.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cinema e Índia

Imagino que muitos de vós que me visitam, já devem estar cansados de ler sobre a minha exposição de fotografia, cujo tema é a Índia. Assim sendo, prometo que não vos falo mais da exposição, mas continuo com o tema - Índia.
Desta vez, o filme que se fala em todos os lugares:
"Quem quer ser Bilionário?"

É importante que se perceba que o que nos desgosta em "Quem quer ser Bilionário?" não é o bairro de lata, nem é a miséria, mas antes a pobreza do olhar com que Danny Boyle os filma. Pergunta-se por aí:
Que vê Danny Boyle na Índia que não visse noutro lado qualquer? Até a televisão é a mesma, é a televisão dos "formatos" e o "Quem quer Ser Milionário?"
Se há alguma "proeza" em "Quem quer ser Bilionário?", ela consiste apenas nisto: num espantoso trabalho de "torção" para fazer caber a Índia dentro da sua estreita visão do mundo. Boyle não foi à Índia, trouxe a Índia para dentro dos seus estereótipos sociais (ricos e pobres) e figurativos.
No contexto eufórico que aclama "Quem quer ser Bilionário?" como a oitava maravilha do mundo valerá a pena lembrar que outros cineastas ocidentais viveram as suas "viagens à Índia" com o tipo de disponibilidade que falta a Boyle, e com a modéstia, a inteligência e a sensibilidade para construírem os seus filmes no balanço entre as certezas que traziam da Europa e aquilo que a Índia lhes revelou. Alguém dizia "nunca me vou esquecer do cheiro deste país" e falava do perfume a especiarias. Danny Boyle não conseguiu sentir mais do que o cheiro a merda. Cada um tem o nariz que tem.
Jamal Malik, um órfão de 18 anos dos bairros de lata de Bombaim, está a apenas uma pergunta de ganhar 20 milhões de rupias (cerca de 300 mil euros) na versão indiana do concurso Quem Quer Ser Milionário?.
Mas a organização do jogo denuncia Malik à polícia por suspeita de fraude. Como conseguiu ele chegar à pergunta dos vinte milhões? Fez batota? É um génio? Teve sorte? Será o destino? E o que está a fazer no concurso se o dinheiro não o interessa? Jamal conta então à polícia a história da sua vida nas ruas e todas as suas aventuras para reencontrar a rapariga que sempre amou. Mas como é que ele sabe as respostas? E o que está a fazer no concurso?
Um premiado filme de Danny Boyle co-realizado por Loveleen Tandan.
De tantos pontos altos do filme, há de se destacar três.
O primeiro é a fotografia, um óptimo trabalho realizado por Anthony Dod Mantle, premiadíssimo em sua categoria.
O segundo ponto é a belíssima trilha sonora composta pelo também premiado A. R. Rahman, que fez todo o ambiente indiano ficar ainda mais real, sendo o destaque a dançante canção “Jai Ho”, que tem direito a um óptimo número musical no final do filme. O terceito ponto alto do filme é o Dev Patel, que protagoniza brilhantemente o filme, o que é uma surpresa, ainda que seu trabalho na série Skins não deixe a desejar.
GOSTEI MUITO.
Aqui deixo uma sugestão para o fim de semana prolongado que está à porta. Divirtam-se.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

FOTOS DA EXPOSIÇÃO

Continua a "mostra" de fotos do interior do Posto de Turismo, onde está patente ao público até dia 19 de Fevereiro - 5ª feira, a minha 1ª exposição de fotografia.
Desta vez foi o meu "Padrinho" de fotografia que me surpreendeu com estas lindas fotos.
Neste recanto optei por colocar 8 quadros mais pequenos, de forma simétrica.
Na única parede de fundo azul escolhi cinco quadros com moldura prateada e todos com passepartout preto (na imagem vê-se apenas quatro)


Este casal também fez parte do grupo onde me integrei na viagem de férias à Índia e vieram, propositadamente de Queluz ver a exposição. Aqui estão curiosos a ler a legenda.

Em amena conversa, o casal e Margarida, uma moça que também conheci no grupo que foi à Índia, nesta viagem de sonho.

Estas foram as palavras que o meu "Padrinho" deixou sobre a exposição:
Parabéns Ester tens aqui uma exposição fantástica, num belo local, onde a cor, a alegria e a beleza impera... fiquei satisfeito com o que vi e só tenho de te dar os parabéns pelo teu olhar fotográfico. Tens fotografias de encher o olho e textos com descrições notáveis do que ali viveste. A minha preferida já sabes qual é.
Venha a próxima.Nuno de Sousa
UMA SURPRESA:
QUEM QUISER VER MAIS FOTOS DA MINHA EXPOSIÇÃO
poderá ir a este blog:
Aconselho vivamente.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Fotos da Exposição

Aspecto geral do Posto de Turismo da Moita, onde está aberta ao público a minha 1ª Exposição individual de Fotografia, até ao próximo dia 19 de Fevereiro, apenas nos dias úteis, até às 18 horas.


Estas fotos foram captadas no 1º dia da Exposição - 2ª feira - dia 2 de Fevereiro, por um amigo repórter fotográfico, Alexandre Gandum, do blog "O meu sofá amarelo". Já nos tinhamos encontrado o ano passado no lançamento do livro de Mia Couto, ele fez uma reportagem fotográfica sobre o Mia, juntamente com José Saramago que também estava na mesa e fez fotos minhas com o meu amigo de infância Mia Couto. Desta vez, o Alexandre quis vir fotografar a minha 1ª exposição individual de fotografia, o que muito lhe agradeço. Nessa mesma tarde apareceu uma outra amiga da blogosfera. Muito grata aos dois.

Aqui está o "Livro" onde se pode deixar um "miminho" ou não, conforme acharem a exposição.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"À Descoberta da Índia ao Ritmo dos Sentidos" EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA


Garanto que vai ser uma bonita exposição, modéstia à parte.
Alguém me disse: A Índia deve ser o melhor país do mundo para tirar fotografias.
E eu concordo plenamente.
Quando se acha que se captou a foto do dia, logo vem mais uma imagem, um vestido, um momento, uma cor.
Click, click, click!
Depois de quase 600 cliques, juntei 100 fotos num CD e enviei para a responsável pela Divisão de Cultura da Moita, que teve dificuldade em fazer a escolha, eram todas tão bonitas, que se tornava difícil e passou-me essa responsabilidade.
Lógico que para mim, que já tinha escolhido aquelas 100 por achar serem as melhores, fazer outra selecção, também era complicado.
Decidi ficar com 30 para fazer uma exposição, embora eu adore outras 30 além daquelas, mas…mais também não, senão cansa.
A aposta nesta escolha brinca com os sentidos e emoções de quem tiver a ousadia de espreitar as imagens.
Cor.
Muita cor.
Expressão.
Forma.
Conteúdo.
As obras de arte têm alma e a fotografia é uma obra saída do olhar de alguém.
Da Índia veio o sonho e a inspiração.
Na margem sul do Tejo, na Moita, tem início na próxima 2ª feira – dia 2 de Fevereiro, a minha 1ª Exposição individual de Fotografia com 30 imagens sobre momentos que vivi na Índia, nas minhas férias de Novembro passado.
A Índia parece estar na moda:
Neste momento passa na televisão portuguesa, a série "Equador", com alguns episódios filmados na Índia; Estreou no dia 19 de Janeiro, a novela Caminho das Índias, no Brasil, a qual já está apalavrada com a SIC para a sua programação de Fevereiro.
Nome da exposição:
"À Descoberta da Índia ao Ritmo dos Sentidos"
Dependendo da vossa disponibilidade, tenho o prazer de vos convidar a "espreitar" a exposição.
Estará aberta ao público entre os dias 2 e 13 de Fevereiro no Posto de Turismo da Moita (apenas pode ser vista nos dias úteis) com possível alargamento por mais 4 dias, até 19 de Fevereiro/2009.
Passem a palavra, p.f.
O mérito é também do meu Padrinho de fotografia, que me levou ao Encontro de Oeiras em Outubro passado.
A exposição está já a ser anunciada...também aqui:

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

MOMENTOS NA ÍNDIA

Quando visitei a zona onde está o arco chamado "Porta da Índia" encontrei este moço que vendia chá e café; tinha um termo onde as bebidas se mantinham quentes e os copos no balde. Captei a imagem, mas não mostro o rosto dele, pois poderia não gostar.
Existe uma grande concentração de pessoas neste local, onde até costumam fazer piqueniques e ele andava a ganhar a vida desta forma.
Para subir ao Forte Amber, há uma quantidade enorme de elefantes, até fazem fila, para os turistas se sentarem na cesta e partirem encosta acima.
Como muito bem escreveu o meu amigo Mocho:
..." sem dúvida uma experiência que nunca se esquece, os elefantes sobem a montanha com os turistas que chegam aos magotes para serem recebidos ao som estridente e majestoso de cornetas e tambores como se de verdadeiros marajás se tratassem..."

Curiosa esta foto; faz-me recordar os tempos em que vivi em Moçambique e encontrava estes barbeiros de rua, com frequência.
O mesmo aconteceu na Índia.

As lojas de rua dos indianos. Em qualquer lado eles montam uma banca e vendem aquilo que pode ser vendido. São imensas lojas destas que encontramos ao longo das estradas por onde passamos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SOLIDARIEDADE NA ÍNDIA

Volto às recordações da viagem à Índia.
A solidariedade andou de mãos dadas com a aventura e o turismo.
Todas as pessoas deram dinheiro para as crianças de rua comerem, outras vezes demos comida (sandes e fruta) e tivemos a oportunidade de visitar uma Missão de Caridade da Madre Teresa.
No dia que fomos de Agra para Jaipur, passamos nesta localidade, onde existia a Missão, um lar para orfãos e crianças deficientes.
Todas as pessoas do grupo, éramos 40, fizeram um donativo, que foi entregue a esta Irmã da Caridade.
Um aspecto da sala onde estavam algumas crianças deficientes.
Vestida num sarí branco com as bordas marcadas com as três linhas azuis, um pequeno crucifixo no ombro esquerdo, sandálias finas em seus pés desnudos, e carregando uma bolsa de tecido com alças de madeira; foi assim que Madre Teresa chegou a Oslo para receber o Premio Nobel e em Nova York para inaugurar um abrigo para portadores de Sida. E foi assim que ela chegou ao Pódio na sede das Nações Unidas e aos escombros de Beirute.
Madre Teresa, que recebeu o Prémio Nobel da Paz, é conhecida em todo o mundo pela ajuda aos órfãos, pobres, doentes e moribundos da Índia.
Madre Teresa sempre trabalhou em missões de caridade. Dedicou sua vida a aliviar o sofrimento dos pobres. A pequena missão fundada por ela tem hoje ramificações por todo o mundo.
A nossa visita à Missão calhou no Dia da Criança, na Índia e estava este autocarro cheio de crianças, aquelas que se podiam deslocar, iam festejar o dia, com uma ida ao cinema.