sábado, 13 de fevereiro de 2010

AGOSTINHO DA SILVA

No 1º dia deste ano (2010) num passeio inesperado por Alhos Vedros, no concelho da Moita, descobri a "Casa Amarela", (fotos minhas) e para meu espanto, vi que tinha tudo a ver com alguém que eu muito admiro, sempre admirei e se fosse vivo faria hoje 104 anos - o Professor Agostinho da Silva.

George Agostinho Baptista da Silva (Porto, 13 de Fevereiro de 1906Lisboa, 3 de Abril de 1994), foi um filósofo, poeta e ensaísta português. O seu pensamento combina elementos de panteísmo, milenarismo e ética da renúncia, afirmando a Liberdade como a mais importante qualidade do ser humano. Agostinho da Silva pode ser considerado um filósofo prático e empenhado através da sua vida e obra, na mudança da sociedade.
BIOGRAFIA:
George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto em 1906, tendo-se ainda nesse ano mudado para
Barca d'Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), onde viveu até aos seus 6 anos, regressando depois ao Porto, onde inicia os estudos na Escola Primária de São Nicolau em 1912, ingressando em 1914 na Escola Industrial Mouzinho da Silveira e completando os estudos secundários no Liceu Rodrigues de Freitas, de 1916 a 1924.
Dono de um percurso académico notável, de 1924 a
1928, cursou Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura com 20 valores. Após concluir a licenciatura começa a escrever para a revista Seara Nova, colaboração que manteve até 1938.
Em
1929, com apenas 23 anos, defende a sua dissertação de doutoramento a que dá o nome de "O Sentido Histórico das Civilizações Clássicas", doutorando-se "com louvor".
Em
1931 parte como bolseiro para Paris, onde estuda na Sorbonne e no Collège de France. Após o seu regresso em 1933, lecciona no ensino secundário em Aveiro até ao ano de 1935, altura em que é demitido do ensino oficial por se recusar a assinar a Lei Cabral, que obrigava todos os funcionários públicos a declararem por escrito que não participavam em organizações secretas (e como tal subversivas). No mesmo ano, consegue uma bolsa do Ministério das Relações Exteriores de Espanha e vai estudar para o Centro de Estudos Históricos de Madrid. Em 1936 regressa a Portugal devido à iminência da Guerra Civil Espanhola.
Em 1990, a RTP1 emitiu uma série de treze entrevistas com o professor Agostinho da Silva, denominadas Conversas Vadias. Faleceu no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, no ano de 1994.
Agostinho da Silva é referenciado como um dos principais intelectuais portugueses do
século XX. Da sua extensa bibliografia, destacam-se o livro Sete cartas a um jovem filósofo, publicado em 1945.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A Casa Amarela é a sede da Escola Agostinho da Silva, em Alhos Vedros. O novo espaço, inaugurado no dia 6 de Março, é um espaço de encontros e de partilhas, tal com a Escola Aberta Agostinho da Silva é uma escola de abraços e de afectos. A “Casa Amarela” é uma casa de esquina, totalmente amarela e fica na Rua 5 de Outubro, 52, em Alhos Vedros. No acto inaugural, o orador convidado foi o Prof. Paulo Borges, presidente da Associação Agostinho da Silva e investigador da obra deste grande pensador. Na abertura, foi dito, e passo a citar: a Escola Agostinho da Silva é um segmento da Cooperativa de Animação Cultural de Alhos Vedros, um projecto que, agora, vai ter continuidade na “Casa Amarela”, um espaço aberto à participação e às ideias, de todos quantos se queiram juntar nesta aventura. A “Escola Aberta” será uma Escola de perguntas, de abraços fraternos, de utopias e de outras coisas, que fazem o caldeirão onde fervilha a poesia e o sentido da vida. “Nesta Escola irão acontecer as Conferências, os Colóquios, os Ciclos de Estudo, os Cursos Livres, os Seminários, as Tertúlias e os momentos de Encontro, onde o prazer pelo saber sejam uma constante”.

Cultura : Programação da Casa Amarela para Fevereiro de 2010
5 de Fevereiro (sexta-feira, 21.30 horas)▪

À Conversa com…Dr. Raul Coelho - “Saúde e Qualidade de Vida”
10 de Fevereiro (Quarta-feira, 21,30 horas) ▪ “Filosofia para Todos” Dinamizado por Luís Mourinha
De 17 a 21 de Fevereiro ▪ Excursão à Exposição Internacional de Arte Contemporânea “ARCO” em Madrid
12 de Fevereiro (Sexta-feira, 21,30 horas) ▪ Tertúlia Poética
26 de Fevereiro (Sexta-feira, 21,30 horas)▪ Cinema Africano

28 de Fevereiro (Domingo, 17,00 horas)▪ Comunidade de Leitores - 1ª Discussão da obra “As Velas Ardem até ao Fim” de Sándor Márai

28 comentários:

De Amor e de Terra disse...

Olá Amiga, boa tarde.
Muito tardiamente, é certo, coisa que peço me perdoe, venho "falar-lhe" sobre a sua passagem pela minha terra e da sua exposição de fotografia no G.D.M. Flor de Infesta. Foi com grande pena minha que tudo aconteceu sem eu poder estar presente.
Depois da impossibilidade de fazer parte da inauguração da mesma, por compromissos anteriormente assumidos, veio a doença, que não me permitiu lá voltar.
Quando o fiz, já a exposição tinha sido levantada e a menina partido.
Pelo facto peço mil desculpas.
Além disso, por vários motivos, também me tem sido difícil manobrar o tempo livre para poder dar-lhe esta explicação.
Agora, aqui está. Agradeço as vezes que me dá notícias suas,e, da maneira possível, irei dando notícias minhas.
Envio um enorme e fraterno abraço
e votos dum bom fim de semana.

Maria Mamede

a d´almeida nunes disse...

Olá Tulipa

O dia tem estado lindo, luminoso, um Sol de Inverno frio, muito frio...
Mas este dia é, efectivamente, muito importante. Para começar porque foi num dia 13 de Fevereiro do já longínquo ano de 1906 que nasceu um grande pensador, filósofo como não podia deixar de ser, mas acima de tudo um grande pensador e um excepcional conversador, talvez o maior de todos os tempos. Parece que o estou a ouvir a falar das coisas da vida, sob todos os ângulos, com uma simpliciade, fluidez de raciocício e desmistificação dos grandes enredos científicos da filosofia, que até parecia que a vida era simples de se viver. E seria, e não fosse o Homem a complicar tudo. A seguir por vias sinuosas quando tem o caminho da simplicidade e do desprendimento do supérfluo mesmo à sua frente.

Enfim, somos complicados de mais e pensamos pouco antes de actuar. De modo que passamos a nossa vida a tentar emendar as asneiras que fazemos no imediato do dia a dia.

Ainda hoje espero deixar um post no meu blogue, o meu caderno de notas, sobre este dia. O que é que marcou este dia para todo o sempre. E então não é, que, precisamente no dia 13 de Fevereiro de 1947, também nasceu mais um ser humano que já deu 63 voltas ao Sol e que dá pelo nome de António? E que nasceu numa aldeia perto de Viseu?
Questão de somenos, dirão. Eu também sou tentado a dizê-lo, mas. bem vistas as coisas, somos todos muito importantes. Muito mesmo. Mas todos sem excepção.

E por aqui me vou ficar, Tulipa, por ora. Espero bem que a tua exposição tenha decorrido à medida dos teus desejos. Mas, como as coisas estão a correr para a Humanidade e para o nosso país, em especial, parece que anda tudo de cabeça à roda, sem atinar com um caminho correcto, bem definido.

Insensatos que nós somos!

Beijo
António

Agulheta disse...

Tulipa. Adorei a escrita,fala num filosofo e professor que muito admiro pelos seus textos. E nas suas conversas todas elas eram simples quanto ele,e como sempre dizia!Nenhum homem pode sentir o cheiro da liberdade, se não a tentar dar por si próprio.Estou inteiramente de acordo,por vezes nós é que somos uns complicados, e tudo seria mais simples e mais fraterno se o ser humano entendesse de uma vez.
Beijinho de amizade bfs Lisa

Sofá Amarelo disse...

Muito interessante a actividade desta Casa Amarela e excelente a programação. Gosto especialmente da Comunidade de Leitores - há cerca de 8 ou 9 anos que faço parte das comunidades de leitores aqui da minha biblioteca - e até gostaria de participar nesta mas dia 28 não vai dar!

Obrigado pela infomação. Muitos beijinhos e Bom Carnaval!!!

Angela Ladeiro disse...

Ainda bem que não são esquecidos os Grandes! Quanto a ser amarela, fez-me lembrar a infância. A minha grande casa amarela. No cimo das montanhas...e dos passeios que fazia com a minha mãe...

AFRICA EM POESIA disse...

Tulipa

obrigada pela mensagem..
Também eu não gosto de Carnaval mas as crianças gostam de magia e de folia..
Depois terça feira conto como foi...

beijinhos...

Quanto ao seu post fiquei delicoada com esta casa amarela epoder ler sobre AGOSTINHO DA SILVa.
Há Homens que nunca deviam morrer...
beijos

Graça Pereira disse...

Aprecio muito a obra de Agostinho da Silva. Ficava presa ao ecran da televisão nos seus programas, sempre cheios de interesse.
Gostei das fotos que aqui postaste da Casa Amarela numa justa homenagem ao grande filósofo.
Como correram as tuas exposições(as últimas?).
De todo o coração desejo-te muito sucesso nas tuas iniciativas. Um beijo
Graça

Laura disse...

Olá, nem sabia quem era, nem tinha lido nada sobre ele, gostei da boa nova de mais uma casa onde se podem juntar, falar, mostrar arte, palavras amor, muito lindo, Beijinho da laura

São disse...

Interessantissima esta iniciativa aqui , tão perto de nós.

Obrigadissima pela importante informação.

Um Carnaval divertido.

C Valente disse...

Gostei do que li, descobrido o desconhecido, obrigado
Saudações amigas

encantos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lilá(s) disse...

Olá Tulipa
Também eu aprecio e muito Agostinho da Silva recordo sempre com saudade aquele homem que vivia sózinho com o gatarrão amarelo.Na primeira oportunidade irei visitar a casa amarela, obrigada pela informação.
Beijos

Anónimo disse...

Oi Tulipa,

Será bem vinda sempre que desejar dar uma volta pelo meu espaço.

Beijos,
Ana Lúcia.

xistosa, josé torres disse...

Um serão em boa cavaqueira era uma delícia.
Já passaram mais de 20 anos, mas nunca mais vou esquecer a sabedoria de cada palavra.
Só os simples e grandes é que nos conseguem tocar.
Continuação de um bom Carnaval.

Teresa Diniz disse...

Olá Tulipa
Obrigada pela sua visita.
Vim aqui retribuir e descobri um espaço muito agradável, onde já vi algumas caras minhas conhecidas, e aonde me senti muito bem.
Já vi que partilhamos o fascínio pelas viagens. Sim, acho que sou uma eterna viajante, mesmo sem sair de sair de casa.
Vou voltar com certeza.
Bjs

ZeCarlosM disse...

Efectivamente este homem marcou positivamente pela irreverência, pela simplicidade e pensamento inovador.

Obrigado por trazer até aqui a sua memória!
Bjs

Papoila disse...

Tulipa:
Obrigada por me trazer à casa amarela:
Tenho andado ausente... lá no campo está a explicação... Vida!
Beijos

Pedro Branco disse...

Lembro como se fosse hoje as conversas que o Professor vinha fazer com os meus alunos à minha escola. É sem dúvida uma das minhas referências. Tentarei dar o meu contributo à sua escola com a minha voz, se for possível.

Beijos.

Ailime disse...

Olá Túlipa,
Obrigada pela sua visita e pela merecida homenagem que presta ao nosso querido filósofo, Agostinho da Silva.
Ainda me lembro dos seus programas que me prendiam muito a atenção.
Bem haja por esta bela partilha.
Um beijinho.

Nuno de Sousa disse...

Olá Afilhada,

Já tinha dito q a minha vida agora estava a 100% afastado dos blogues, não consigo estar presente qdo tenho imenso trabalho, quer profissionalmente quer no curso que estou a tirar e até Julho estou qse que ausente de tudo e todos, desculpa mas eu tinha avisado, tem sido mto trabalho, com imensos exercicios, mtos trabalhos fotográficos, a minha mãe refila, todos refilam nas a vida é assim hoje eu amanhã serás tu... mas não consigo fazer melhor... desculpa a minha ausência mas é impossível dar atenção aos blogues e com isto me tenho afastado é verdade mas tenho de me aplicar...
Não gostei tua msg, pois a verdade é que nunca mai sdeixem msg nem no teu blogue nem em outro qualquer e se viste alguma msg minho num qualquer blogue vê bem que data teria colocado essa msg, pois não tenho visitado ninguêm, até a Lena refila por não ir ao blog dela...
Enfim... nem sempre conseguimos fazer o que queremos mas temos de dar opções e a minha opção neste momento é o curso que quero dar o máximo de mim para conseguir algo que desejo.

Continua com o teu belo trabalho e embora ausente as amizades ficam sempre e para sempre.

Bjs e uma boa semana para ti,
Nuno de Sousa

Unknown disse...

Amiga, como admiro muito Agostinho da Silva, fico-te grato pela divulgação da Casa Amarela e das suas actividades.
Eis uma postagem bastante útil e bem escrita, como tu sabes fazer.
Quanto às fotos de Peniche, aguardo com muito interesse.
Beijo.

Maria Clarinda disse...

Obrigada pela partilha...e como eu também o admirava...e admiro.~
Jhs

Ana disse...

O teu olhar de fotógrafa, sempre atento a tudo, descobre coisas que passariam despercebidas a muita gente!
Parabéns, amiga, e obrigada pela divulgação! A programação é bem interessante!
Um beijo grande.

Maré Viva disse...

Mulher de cultura, a minha amiga Tulipa, descobre sempre coisas interessantes para nos contar e mostrar.
Ainda bem que existes...
Desculpa só agora vir agradecer a tua visita, mas estive fora 4 dias e aproveitei pôr o computador a fazer uma limpeza.
Agora que tudo voltou ao normal, eis-me a deixar um abraço a todos os amigos presentes.
Para ti fica também um beijinho.

Nothingandall disse...

Grande Agostinho da Silva... e gostei da foto, uma verdadeira Casa Amarela com o cartaz fixado com o gato é claro... Por sinal hoje já 19 de Fev. publiquei no blog o Poema do Gato de António Gedeão, desaparecido hoje faz 13 anos. Um bom fim de semana, com sorrisos, flores e ...poesia!

Luis Miguel Inês disse...

Gostei das fotos e certamente irei lá logo que possivel obrigado pela partilha.Bjs

vieira calado disse...

Era um grande homem, sim senhor!

Eu gostava muito ouvi-lo

e saber da simplicidade

que dava à sua vida!

Beijoca

Bichodeconta disse...

Obrigada pela merecida homenagem ao Professor Agostinho da Silva que nos deixou um legado do qual infelizmente pouco é falado.Tive o privilégio de ouvir o professor Agostinho da Silva várias vezes, a primeira delas , na casa do Alentejo aquando do lançamento de livro de Saramago, "levantado do chão" Tudo o que fizermos será pouco para homenagear quem tanto nos deixou.um beijinho, ell