Nem só de passeios com os netos tenho "Momentos Perfeitos"
Adoro cinema e estava a precisar de ver um bom filme...
Título original: La
famille Bélier
De: Éric Lartigau
Com: Karin Viard,
François Damiens, Eric Elmosnino
Género: Comédia
Dramática - BEL/FRA, 2014, Cores, 106 min.
Todos os elementos da
família Bélier sofrem de surdez, excepto Paula,
a filha adolescente. Desde
pequena que se habituou a ser porta-voz
de cada um deles, fazendo a ponte de
comunicação com o resto do mundo.
A vida deles é simples e feliz.
Graças à
ajuda de Paula, a sua surdez nunca foi incapacitante.
Mas tudo muda quando o
professor de música de Paula descobre
o seu enorme talento para cantar e a
incita a participar num prestigiado
concurso em Paris (França). Para uma
adolescente comum,
tudo seria relativamente simples mas, para Paula, esta
decisão
implica deixar a família entregue a si mesma.
Sentindo-se dividida
entre aquilo que considera ser o seu dever
e o que deseja para si, Paula tem de
tomar a difícil decisão
de se manter por perto o resto da vida
ou caminhar em
direcção aos seus sonhos…
Fui ver o filme porque
achei o argumento muito interessante e original.
Também foi recomendado pelo meu "Afilhado"!
Gostei do filme, embora se
trate de um filme simples,
é um filme bem realizado, com boas interpretações,
que nos transmite
uma mensagem de amor filiar e que ainda nos dá algumas partes
cómicas.
Vejo pouco cinema francês!
"Família Bélier" é um filme de deixar as pessoas na sala
sentadas
quando o filme acaba, ainda no escuro, para que ninguém veja
as lágrimas que rolaram naturalmente, porque comove.
É um filme onde se canta sem ser um
musical,
onde se fala de dramas familiares de gente a crescer a quem
competem
tarefas de gente muito crescida,
onde uma rapariga decide dar o salto quando se
torna numa mulher
por inteiro (e nunca se é uma mulher por inteiro sem se
espetar primeiro
um estalo a sério num puto bonito de língua comprida);
onde se
fala de política, de comunidade e da falta dela
e do que se pede e não se pede
a um candidato surdo-mudo;
onde uma mulher aprende a importância
de ser teimosa,
como o carneiro/bélier que leva no nome e se repete a si mesma,
vezes sem conta, até se ouvir.
Uma chamada de atenção
para os fisicamente limitados,
muito enternecedora,
com algumas cenas cómicas e
com uma actriz/cantora fabulosa.
Em “A Família Bélier”
temos então a jovem Paula (Louane Emera).
Uma adolescente que se divide entre a
escola, o trabalho na fazenda,
o gerenciar preços de compra e venda desse
negócio familiar
e além de ajudar a família na feiras de produtores…
Sem quase
tempo de sobra, correndo de um lado para outro…
Tem nos seus breves momentos de
lazer, o conversar com a única amiga,
Mathilde (Roxane Duran), e que esta está
sempre levantando
o astral “cansado” da Paula. Pois é! Com tantas actividades
diárias,
Paula nem tem tempo para os “dramas” tão comuns na adolescência.
Mas eis que nesse novo ano lectivo
para balançar o coração dessa jovem,
surge um belo príncipe, Gabriel (Ilian Bergala)…
É Cinema Francês!
Logo sem nenhuma pressa em contar uma
história.
De uma adolescente que a vida a levou a amadurecer antes do tempo.
Tendo como bagagem o talento recém descoberto. Ficar, seguir…
Tendo apenas a certeza de que sempre terá um ninho para voltar.
Até porque ela nunca deixará de amá-los.
E mesmo sendo uma "comédia", foi difícil evitar as lágrimas
em alguns momentos: um deles da Paula “cantando” para o pai…
Visto por mais de sete milhões de
espectadores em França,
o filme teve seis nomeações para os Césares e deu a
Louane Emera,
a jovem que interpreta a personagem principal,
o prémio de Actriz
Revelação.
8 comentários:
Está despertada a minha curiosidade para assistir! Bj
Deve ser um filme muito interessante. Fiquei curiosa de ver. Que bom ir ao cinema com os netos... Obrigada pela visita e palavras no meu "Ortografia".
Uma boa semana e um beijo.
Um excelente convite para se ir ao cinema.
Cumps
Adoro cinema francês e não é por acaso que um dos três filmes da minha vida é francês: 'Les Uns et Les Autres', do princípio dos anos 80. Mas o cinema francês sempre me marcou muito e tenho assistido a alguns na CMTV pela noite dentro, que e apesar de serem um pouco toscos, são realmente mais "reais" que os filmes americanos.
Tinha este filme na lista para ir ver, mesmo sozinho, mas meteu-se tanta coisa que acabei por não conseguir. Geralmente, vou ao cinema quando vou ao Porto, pois por caricato que pareça lá tenho tempo, mas como já lá não vou há uns tempos, não tenho ido ao cinema.
Neste teu post, comentaste muito melhor o filme que muitos dos críticos de cinema da nossa praça. Obrigadoooo :-)
Boa noite Ester,
Um filme que merece ser visto!
Muito obrigada por ter partilhado a sua experiência.
Um beijinho.
Ailime
Adoro cinema, tal sabes, ao invés de muitas pessoas, gosto de cinema francês. Aliás, gosto de um bom filme, seja ele francês, português, italiano... ou o mais comum, americano... Comédia, drama, ficção... e até filmes de animação ( ditos infantis ) não perco um :) se não o vejo no cinema, faço uma tarde de cinema com o meu filhote que não perde um... Mas não me alongando mais, aqui vou directa a este teu post. Não sei se este filme ainda está em exibição... logo mo dirás... tb como sabes, afastei-me das idas ao cinema, logo estou desactualizada... se ainda estiver, irei vê-lo se possível, pois adorei o argumento. Depois forma como o descreves, quase me senti numa sala a assistir ao mesmo. Parabéns pelo post. Obrigada pela partilha e continuação de bom cinema. Beijinho
Adorei este filme!
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