1º Post de 2016 - CINEMA
uma das minhas paixões
SIM, fui ver este MAGNÍFICO FILME que ADOREI.
A Rapariga Dinamarquesa
- The Danish Girl  
De: Tom Hooper  
Com: Alicia Vikander, Eddie Redmayne, Matthias
Schoenaerts, 
Ben Whishaw, Sebastian Koch, Amber Heard – Drama 
EUA/JAP/GB/BEL,
2015, Cores, 120 min.
Dinamarca, década de 1920. 
O casal Einar e Gerda
Wegener são dois pintores reconhecidos. 
Um dia, por mero acaso, a rapariga que
Gerda contratou para retratar nas suas pinturas cancela o encontro. 
Sem
alternativa, lembra-se de usar o próprio marido como modelo. 
Ele acede ao seu
pedido. 
Será naquele momento que ele, usando roupas de mulher, 
sente nascer
dentro de si algo que, com o passar do tempo, se transformará no mais intenso
desejo da sua vida: ser mulher. 
Se, ao princípio, isto
lhes parece a ambos uma espécie de jogo, 
aos poucos leva-o a uma lenta
transformação numa outra pessoa, 
que o obriga a viver uma vida dupla 
enquanto
Einar ou Lili – o nome adoptado na sua “persona” feminina. 
Até que ele decide
arriscar uma cirurgia experimental na Alemanha 
para mudar de sexo, tornando-se
na primeira pessoa 
a submeter-se a uma intervenção do género. 
Ao longo de dois
anos, Lili Elbe foi operada cinco vezes. 
No final deste
processo, solicitou ao rei da Dinamarca 
que dissolvesse o seu casamento. 
O
pedido foi concedido em 1930, altura em que conseguiu 
ver legalizada a sua nova
identidade. 
Durante todo o processo, Gerda esteve sempre ao seu lado… 
Estreado
na 72.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, 
um filme dramático que conta
com a assinatura de Tom Hooper 
("O Discurso do Rei", “Os
Miseráveis”). 
O argumento é baseado na obra homónima de David Ebershoff 
que,
por sua vez, se inspira na extraordinária história dos artistas 
Einar Wegener/Lili
Elbe e Gerda Wegener. 
De facto, Tom Hooper
que mostra uma obra
dramática desenhada a pensar 
nos óscares de Hollywood, tendo ainda como
chamariz o tratar-se 
de uma adaptação livre de uma história verídica, 
que,
possivelmente, nem seria catapultada para o sucesso 
se não fossem as soberbas
interpretações de 
Alicia Vikander e Eddie Redmayne. 
... sem dúvida, um sucesso de bilheteira!
Amor. É este o tema de
“A Rapariga Dinamarquesa”. 
Quem o for ver porque ouviu dizer que o filme 
retrata a experiência de mudança de sexo do protagonista, 
irá ao engano. Porque
o que este filme conta, realmente, 
é uma história de Amor. De Amor pela Vida. 
De Amor entre dois seres humanos. 
Einar e Gerda formam o
casal Wegener. 
São pintores, em Copenhaga, na Dinamarca. 
Vivem felizes, numa saudável cumplicidade. 
Mas, um dia, por mero
acaso, faltou a modelo que Gerda 
havia contratado para figurar nas suas pinturas. 
Para não perder tempo, pede ao marido que a substitua. 
Ele aceita e vê aparecer
um desejo há muito escondido, 
o de ser mulher. 
A partir daí, Einar quer abandonar o seu passado, 
estando na disposição de deixar a pintura, 
para se tornar “apenas” em Lili, 
uma
mulher em toda a sua plenitude. 
Einar não atravessa todo este calvário interior
sozinho. 
Ao seu lado está, sempre, a mulher que o ama, Gerda. 
E Gerda é,
efectivamente, a chave de “A Rapariga Dinamarquesa”. 
Porque ela ama Einar e ama
Lili. 
Ela não ama o corpo, ama aquele ser humano 
que está ao seu lado e que, um
dia, chega à conclusão 
de que é uma mulher presa no corpo dum homem. 
Não é um
problema de preferência sexual, 
é um problema de identidade sexual. 
Einar não
está interessado em ter relações 
com outras pessoas, mulheres ou homens. 
A única
coisa que ele quer é que a parte material 
do seu corpo se funda com o
emocional. 
Gerda percebe a dor do
companheiro, aceita-a, 
procura ajudá-lo porque o que os une é, efectivamente, 
um Amor em estado puro. 
Por isso, o filme termina maravilhosamente, 
quando Lili
confessa a Gerda, após a quinta operação, 
que se sentiu final e totalmente
mulher. 
Naqueles momentos, escassos, a vida ganhou total sentido. 
E se foi só por esses
momentos que se veio ao mundo 
e que se atravessou todo aquele sofrimento, 
então
ter vivido valeu a pena. 










 

13 comentários:
Deveras interessante.
Fiquei com a vontade aguçada para ir ver este filme.
Boa descrição e excelentes fotos.
Belíssima partilha
Que tudo esteja a correr bem
Beijinho da Gota
NO MEU BLOG "Os meus pensamentos" fiz um post no sábado,
28 de fevereiro de 2015 - sobre o filme A TEORIA DE TUDO - EDDIE REDMAYNE...
onde já se falava sobre o desafio cinematográfico
a seguir ao ÓSCAR que tinha acabado de ganhar:
PARABÉNS! O próximo desafio do actor é interpretar a primeira mulher transgénero. Foi divulgada a primeira fotografia de Eddie Redmayne na pele de uma mulher, literalmente.
A estrela que recentemente ganhou um Óscar de melhor actor pela sua performance em A Teoria de Tudo vai dar vida à dinamarquesa Lili Elb, tida como a primeira mulher transgénero.
Pouco se sabe sobre a longa-metragem baptizada de The Danish Girl, mas a primeira imagem oficial já está a circular na imprensa internacional e mostra um Redmayne de cabelos encaracolados e lábios pintados de vermelho.
A revista GQ elegeu o príncipe Filipe de Edimburgo como um dos 50 homens mais elegantes da Grã Bretanha. O marido da rainha Isabel II, que faz 95 anos em Junho, é o primeiro membro da família real que aparece no ranking, ocupando a 12.ª posição, enquanto o príncipe Harry, o seu neto, está na 26.ª.
...
...
No primeiro lugar desta lista está Eddie Redmayne, de 33 anos,
protagonista de A Rapariga Dinamarquesa.
Vencedor de um Oscar, o actor britânico é imagem de marcas como a Burberry e começou a sua carreira como modelo e figura nos tops dos mais bem vestidos.
Também vi este filme. Excelente fotografia e impressiva interpretação de Eddie Redmayne. Porém, como fui ver o filme sem saber do que trataria (estava a precisar era de um mais divertido...) não me seduziu por aí além... Bom fim de semana!
Pelo que tenho lido é um filme e uma história fenomenal. Infelizmente, não está na minha lista de filmes a ver com urgência... no entanto, já tenho uma lista para (re)começar a ir ao cinema, e sou muito bem capaz de começar pelos filmes de animação.
Contudo, obrigado pela informação completa (com imagens e tudo) que fizeste do filme aqui mencionado. Confio mais em ti do que na maioria dos ditos críticos de cinema. Conheci alguns deles e sei que há filmes que eles não viam e davam estrelas e outros viam já com o preconceito de que o iriam classificar mal... ah, que saudades do tempo em que ia todas as semanas ao cinema...
Fui ver este filme, como o sabes, assim como os outros dois que referes, desconhecia que era do mesmo realizador, sou um pouco distraída nesse ponto, uma falha minha enorme...
No que diz respeito a este filme, é de facto um magnifico filme. ADOREI !
Tal dizes e muito bem, trata-se de uma linda historia de amor, amor no seu estado mais puro. Um magnifico filme a não perder.
Magnifico tb está este post. reuniste belíssimas e elucidativas imagens sobre o filme, descreste na perfeição o mesmo, um verdadeiro trailer visual.
Um beijinho e o desejo que estejas a passar um bom domingo.
Filme magnífico, sem dúvida. Uma interpretação colossal de Eddie Redmayne (merecedor de mais um Óscar). Além do argumento, o filme é tecnicamente excelente: fotografia, montagem, realização, direcção de arte (bela reconstituição dos anos 1920). E um excelente "exercício" sobre o Preconceito. A não perder, absolutamente. Aqui em Cascais está no renascido Cinema da Villa, bem no centro de Cascais; a 50 metros da estação de comboio.
António Cunha
Boa tarde, excelente publicação a incentivar para ver uma filme que certamente é excelente, se tiver oportunidade de o ver vou seguir o seu incentivo.
AG
Já tinha ouvido dizer que o filme era muito bom. Agora fiquei mesmo com vontade de o ver.
Beijo.
Boa tarde Tulipa,
Obrigada pela visita e comentário.
O filme deve ser mesmo muito bom a avaliar pelo seu comentário.
Deve estar aqui próximo em exibição.
Com a chuva que tem caído, tempo propicio para ver o filme.
Um beijinho obrigada por divulgá-lo.
Ailime
Se queria ver, agora fiquei ainda com mais vontade.
A interpretação dele que lhe valeu o Óscar no ano transacto foi fabulosa.
Boa semana
O livro é mais triste e não acaba assim - por isso, não tinha querido ir ver o filme...
Que Post fantástico...Gosto de ver um trabalho assim....elaborado.
Estou como se tivesse visto o filme....
Muito bom. Obrigado
Beijo
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