Se alguma vez me dissessem que eu iria estar numa
manifestação LGBT eu diria: Impossível.
Não que tenha preconceitos, mas...
se não vou a manifestações nenhumas, porque iria a esta?
No entanto, neste sábado, dia 7 de Julho de 2018
dei por mim, no meio desta manifestação, em Londres!
Eu tinha ido a Piccadilly Circus no dia anterior, sexta-feira
e lá descobri um vendedor dos tickets para o BIGBUS London
e, ali mesmo uma das paragens...onde entrei
e comecei o meu Tour de 48h
Pois, no dia seguinte pensei:
Vou outra vez até Piccadilly Circus
porque já sei que o Bus passa e pára lá
e começo o meu Tour de sábado...só que,
longe de imaginar o caos que estava em Piccadilly Circus!
Assim que subimos do metro para a rua deparámo-nos
com estas imagens, a minha neta excitadíssima
e com o telemóvel a gravar os cânticos e gritos, pois
também ela nunca tinha estado numa manifestação.
Eu vou ter com a moça da paragem do Bus e pergunto-lhe:
Como apanho o Bus hoje?
E ela: aqui não vai passar todo o dia...
Bem, foi um transtorno esta manhã de sábado,
pois a manifestação obrigou ao fecho de muitas ruas,
a desvios em rotas e a paragens dos Bus vazias...
sem saber o que fazer... decidi voltar ao metro
e ir até COVENT GARDEN
OK foi mesmo "Pior a emenda que o soneto"
que quer dizer: cair em pior erro do que o erro anterior,
pois quando cheguei a Covent Garden parecia tudo normal
e, começo a perguntar em que rua passam os Bus turísticos,
vou andando, andando e depois de andar Kms
completamente exausta, já me arrastava,
apercebo-me que nenhum Bus andava por aquela zona!
até que, de repente avisto ao longe dois Bus
e fico à espera para ver qual o seu destino,
mas...mais uma vez, fico sem qualquer ajuda
pois eram dois Bus que faziam um percurso nada normal:
Wedding Special - Congratulations!
Nunca tinha visto tal coisa...
Começo a andar no sentido oposto ao que tinha ido
e faço o percurso de regresso à estação de metro
de Covent Garden, outra vez...pois ali não passavam
nenhuns Bus; vou-me cruzando com pessoas vestidas
a rigor para a manifestação, pois em Londres
naquele sábado todos os caminhos iam dar ao mesmo!
Inclusivamente a "Torre"
também fazia referência à manifestação LGBT
de regresso à estação de metro de Covent Garden,
vejo então uma espécie de manifestação,
não tão grande como a de Piccadilly Circus,
mas o suficiente para que não circulassem autocarros na zona
e decido ir outra vez de metro, pensando qual seria
a melhor paragem e fui até Marble Arch...
Com isto perdi mais de quatro horas,
perdi dinheiro em viagens de metro,
fiquei completamente de rastos fisicamente,
MAS...se não fosse as caminhadas por várias ruas
de Covent Garden, eu não teria visto
o "Memorial de Agatha Christie",
que casualmente encontrei numa esquina!
18 comentários:
Feito em bronze,
o Memorial Agatha Christie tem dois metros e meio de altura.
Ele é um enorme livro, com uma abertura oval
que destaca um busto da escritora.
Um observador atento detecta inúmeros detalhes especiais no Memorial.
Veja comigo:
A ratoeira é, obviamente, referência ao fenômeno A Ratoeira.
ISTO foi precisamente, daquelas coisas que não planeei
foi mesmo ao acaso, que aconteceu!
O memorial foi inaugurado em 2012 na esquina das ruas Cranbourn e Great Newport, perto da região de Covent Garden.
Nós fomos andando desde a estação de Covent Garden, casualmente...
Aquela localidade abriga muitos teatros e instalar a estátua lá
foi uma escolha para homenagear a peça “A Ratoeira”,
praticamente um património de Londres, em cartaz desde 1952.
A estátua de bronze tem o formato de um grande livro,
com o busto de Agatha encaixado na parte superior central, em perfil, acompanhada das imagens de Poirot e Miss Marple,
seus personagens mais famosos.
Num dos lados também aparecem nomes de vários livros famosos de Agatha,
além da assinatura dela em destaque.
Foi um olhar muito rápido e captei a foto,
segui logo
pois estava irritadíssima com o que estava a acontecer neste meu dia,
meio perdido.
Gostaria de ter ficado vários minutos olhando para a estátua,
ali naquela esquina agitada,
com carros rasgando o asfalto,
pessoas andando apressadamente
e turistas por todo o lado.
A Dama do Crime, Agatha Christie,
morou em Londres durante muitos anos.
Ao longo de sua vida, passou por nove residências diferentes na cidade,
a qual serviu de cenário e influência para muitas de suas histórias.
Memorial de Agatha Christie em Londres
O memorial em homenagem a Agatha Christie em Londres
encontra-se bem pertinho de onde foi apresentada a sua Mousetrap,
a peça há mais tempo em cartaz no mundo todo, no West End.
A escultura de bronze, com 2,4 metros de altura,
em forma de livro, traz um busto da escritora
e figuras de dois de seus personagens, Hercule Poirot e Miss Marple.
Onde: Inaugurado na comemoração dos 60 anos da peça, em 2012,
o memorial situa-se na St Martin’s Lane,
entre Great Newport Street e Cranbourn Street.
Estações de metrô: Leicester Square (Northern e Piccadilly Line)
ou Covent Garden (Piccadilly Line)
Nascida em Devon, no Sudoeste da Inglaterra, em 1890,
Agatha Christie se mudou para a capital britânica
pela primeira vez em 1918, no fim da Primeira Guerra Mundial.
Nessa época, residia no número 5 da Northwick Terrace,
em St John’s Wood.
Depois ela se mudou para Kensington
e então para Chelsea.
Foi lá onde Christie viveu por mais tempo em Londres,
no número 48 da Swan Court.
É em 58 Sheffield Terrace, porém, que se encontra hoje a plaquinha azul do património cultural britânico,
o qual indica que a escritora residiu ali de 1934 a 1941.
Era a única casa da escritora que tinha um cômodo dedicado à escrita.
Agatha Christie vendeu mais 2 bilhões de cópias de seus livros,
segundo o Guinness.
Famosa por livros como Expresso do Oriente
e O Caso dos 10 Negrinhos, a escritora teve suas obras,
cujas vendas rivalizam com a Bíblia,
traduzidas para mais de cem idiomas.
A Rainha do Crime recebeu, em 1971, no Palácio de Buckingham,
da Rainha Elizabeth II, o título de Dama da Ordem do império Britânico.
Uma de suas principais criações,
o belga Hercule Poirot figurou no obituário do New York Times em 1975,
após a publicação de Curtain.
O livro, escrito no início da década de 1940 e guardado num cofre
por trinta anos, apresentou o capítulo final da saga do arguto detetive.
A escritora faleceu um ano depois dessa publicação, em 1976,
aos 85 anos.
Em Londres foram 30 mil as pessoas que se reuniram
nas ruas para a marcha anual do orgulho LGBTI,
que no percurso que passou por Piccadilly Circus
e Trafalgar Square, segundo explica o The Guardian.
A marcha foi inaugurada pelo mayor de Londres,
Sadiq Khan,
e pela ministra das Mulheres e da Igualdade, Penny Mordaunt,
que também participaram no evento, acrescenta o jornal.
E...EU ESTAVA LÁ...
Sua descrição e as fotos estão uma beleza.
Parabéns.
MARTHA
OBRIGADA pelo tempo que dispensou ao meu blogue.
EU gosto de mostrar o Mundo a todos os que talvez não possam visitar
MAS também gosto muito que as pessoas leiam o que escrevo e explico,
não é só ver as fotos e não entendem nada
depois fazem perguntas estúpidas e sem nexo, percebe?
Porque eu "roubo" TEMPO à minha Vida para fazer os meus posts
mas gosto de fazer tudo bem feito
faço pesquisas e ajudo muitas pessoas que precisam de dicas.
Coisas que acontecem na vida de uma turista… Você narrou e mostrou tudo muito bem…
Uma boa semana.
Um beijo.
Quase sem te aperceberes fizeste uma reportagem de fazer inveja a muitos repórteres, e isto porque conseguiste captar imagens únicas que se calhar um profissional não conseguiria porque as suas máquinas dariam muito nas vistas e embora estes grupos não se importem de ser fotografados, é mais fácil uma mulher fazer estas fotos.
Fotos que estão muito boas, parecem contar histórias. Não vou aqui botar comentários, até porque como jornalista não o devo fazer. Se numa redacção me mandassem cobrir um evento destes, teria de ir, claro. Seja moda ou seja convicção, a verdade é que estes grupos têm muita força, e exercem fortes lobbies onde os membros e aderentes encontram apoios vários.
A tua história é curiosa, pois em poucos minutos passaste de uma situação para outra completamente diferente, e conseguiste descrever ambas com bastante naturalidade. Parabéns por isso. Além da imagem sabes juntar sempre um texto muito bem escrito e descrito. Além de toda a informação complementar essencial para compreender algumas situações.
E deves ter sido a única pessoa do mundo a começar um post com uma manifestação LGBT e terminar com uma referência à minha ídola Agatha Christie. :-)
Hoje é só para dizer que já estou de volta.
Amanhã já haverá comentários.
GRANDES AVENTURAS e belíssimos olhares!!!
...
Quanto à gelatina ... desfaz em água quente a saqueta e na vez da água fria ... acrescenta igual quantidade de iogurte líquido ou sólido!(receita de uma nutricionista)!!!
bj
Uma grande aventura... Também não sabia que existia esse " Memorial " à Agatha Christie.
Sou uma grande fã de livros policiais e até escrevi alguns contos..
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Está realmente uma reportagem espectacular, muito bem explicitada e com fotos muito interessantes, como sempre!
Perdeste tempo, algum dinheiro e cansaste-te, mas no fim valeu a pena, pois estiveste presente em algo que de certo vos marcou. Foi um sábado diferente...e quem não viaja, vem aqui e é como se estivesse lá!
GOSTEI!
Um abraço.
Também já visitei Londres mas sem manifestações. Um passeio bem descrito. Beijinho e tudo de bom.
Se não fosse esse dia atribulado não terias feito este magnífico post...
Amiga Tulipa, continuação de uma boa semana.
Beijo.
Totalmente desnecessário - na minha opinião.
Essas "manifestações".
No "meu tempo" a manifestação tinha um propósito interventivo. Agora tem um propósito exibicionista de espetáculo e reinvidicações que não existem porque não há nada a reinvidicar. Os direitos existem, a descriminação foi pelo cano a baixo numa sociedade permissiva, variada e tolerante.
Portanto, no meu entender, isto só serve como exibicionismo e como li acima, mexe com lobbies. Tornou-se num "popularismo" que acho desprezível. Mas o popularismo nunca foi tão apreciado quanto agora.
Quanto à sua viagem turística, procure sempre saber se vai acontecer algum evento nessas datas - porque as estradas fecham e os buses param de circular nelas. Antes de viajar faça sempre um plano. Os locais das paragens desses autocarros estão sinalizados em mapas e sites.
Melhor sorte para a próxima!
PS: Também admiro muito a Agatha Christie e quando em Londres, fui dar um "pulinho" a um sítio nada turístico - mas que me agradou bastante. Uma pequena praça com uns edifícios interessantes, um jardim particular aberto ao público até certas horas somente - para espreitar o edifício que foi escolhido para as filmagens da série Poirot, brilhantemente protagonizada pelo britânico David Suchet.
Abraços!
Temos que ir comer uma gelatina a casa da Graça.
Também queria fotografar assim uma manifestação com sinais do tempo. Nas aldeias de Xisto não tem nada disto.
Saudades.
Beijos
Apesar do transtorno, deste inesperado evento... as imagens ficaram estupendas!... Uma selecção de imagens fantástica... para mais tarde recordar... e que proporcionou bonitos olhares sobre recantos de Londres, que de outra forma, teriam passado despercebidos...
Mais uma formidável partilha, Tulipa!
Beijinhos
Ana
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