sábado, 30 de outubro de 2010

ZAGREB

Além de produções teatrais, o "Teatro Nacional Croata" - Ópera de Zagreb, oferece várias noites de Ópera e Ballet.
O edifício foi construído em 1895 e desde então, tem sido o centro da vida cultural de Zagreb.
Esta imagem foi captada através do vidro do autocarro em andamento, por isso, se virem algum reflexo, é natural.


Zagreb tem imensas esplanadas onde os seus habitantes e turistas convivem.
Aqui, ainda era bem cedo, dia de semana e o relógio da torre marca 10h 20m.




MOEDA OFICIAL DA CROÁCIA



A moeda oficial da Croácia é a KUNA (dividida em 100 lipas).
A unidade divisional da kuna é a lipa;
100 lipas perfazem 1 kuna.
O código ISO 4217 para a kuna é HRK.
1 euro equivale a 7 kunas.

A moeda estrangeira (neste caso, euros) pode ser trocada em moeda local em bancos, casas de câmbio e balcões dos correios, em conformidade com a taxa de câmbio do dia.

Geralmente são aceites todos os principais cartões de crédito (American Express, Diners, Visa e Eurocard/Mastercard), bem como Eurocheques (depois de trocados nos bancos). Aceder a dinheiro através de balcões ATM é também possível nas principais cidades e nos mais importantes centros turísticos da Croácia.

As notas deixei-as lá, mas trouxe no porta-moedas várias moedas de 1, 2 e 5 kunas e muitas moedas de lipas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

CROÁCIA



Entre muitas outras coisas, viajar tem a grande vantagem de nos fazer entrar no casulo da descoberta e esquecer, pelo menos momentaneamente, que há vida para além dele.
Quando toda a gente aguardava as notícias sobre a aprovação ou não do orçamento... estava eu a tentar escapar por entre a chuva mas, ainda assim, a deliciar-me com algumas paisagens improváveis. E a pensar em tudo menos na crise, admito.
Regressei ao mundo real na sexta-feira, calmamente fui-me apercebendo das recentes notícias. Mas, nada de ficar em choque, apenas constactar que vem aí uma grande crise.

Contrariando as recomendações dos ministros das Finanças europeus na redução de impostos, a Croácia está no topo da lista de IVA - já 23%; no entanto, existem privilégios que cá nunca tivemos nem havemos de ter, como, p.e., os transportes públicos no centro da capital, Zagreb, serem gratuitos para toda a gente, seja para os turistas ou para quem lá vive e trabalha.

A economia da Croácia baseia-se fundamentalmente em serviços variados e indústria, nomeadamente dos sectores químico, naval e metalo-mecânico.
O turismo é uma grande fonte de receitas.
O produto interno bruto per capita de 2008, em termos de paridade de poder de compra, foi de 18.575 dólares americanos, ou 63,2% da média da União Europeia, segundo o Eurostat. A economia croata é pós-comunista. No fim dos anos 80, no início do processo de transição económica, a sua posição era favorável mas foi fortemente prejudicada pela guerra, essa terminada em 1995.
Os problemas principais incluem o desemprego estrutural e uma quantidade de reformas económicas consideradas insuficientes por alguns economistas.
Particularmente preocupante é o sistema judicial antiquado, em especial no que diz respeito à posse das terras estatizadas no período comunista. Contudo, tais problemas vêm sendo alvo de grande mobilização no sentido de serem resolvidos por reformas legais ocorridas no âmbito das negociações para a entrada do país na União Europeia. Mesmo assim, o país tem vindo a experimentar um crescimento económico rápido em preparação de uma adesão à União Europeia, que já é o seu principal parceiro comercial, sendo, sua economia, considerada pelo Fundo Monetário Internacional como uma economia desenvolvida (high-income).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CACELA VELHA - IGREJA MATRIZ

A actual Igreja Matriz de Cacela-Velha foi edificada em 1518 sobre as ruínas da primitiva construção medieval, dos fins do século XIII, da qual conserva uma pequena porta lateral ogival, virada a norte.
Fortemente danificada pelo terramoto de 1755, foi reconstruída em 1795.
O pórtico principal, de
estilo renascença, tem esculpidos em relevo os bustos de S. Pedro e S. Paulo.
As duas pilastras laterais são ornadas de carrancas, machados, tridentes, cabeças de anjos, dragões, arcos e aljavas. No interior, as três naves são separadas por arcos de pedra, ogivais, apoiados em colunas de 1,70m de altura, com bases e capitéis oitavados, ornados por hemisférios ou cordas.
Do recheio destacam-se a grade de ferro, decorada com figuras nas extremidades: em cima, S. José; à direita, Nossa Senhora; à esquerda, S. João Evangelista, e, em baixo, Santa Maria Madalena.


Igreja de Nossa Senhora da Assunção
Cacela Velha
Origem em edifício do século XIII de que conserva um pequeno portal lateral gótico. A igreja actual data do século XVI tendo sofrido reconstrução no século XVIII. Pórtico de estilo renascença, com os bustos dos apóstolos São Pedro e São Paulo e pilastras decoradas. Interior de três naves, com arcos ogivais suportados por colunas com bases e capiteis ornamentados com hemisférios e cordas.
Capela de Nossa Senhora dos Mártires com abóboda artesoada e arco de estilo renascença.
Imagem de Nossa Senhora da Assunção (séc. XVIII) e dois Cristos (séc. XVI).
O tesouro sacro inclui uma cruz processional em ferro, decorada com figuras.


A igreja ocupa uma posição invejável, desfrutando-se do seu adro um amplo panorama sobre a ria Formosa a seus pés e estendendo-se a perder de vista para poente.

sábado, 25 de setembro de 2010

ILHA DE TAVIRA - ALGARVE

Vou fazer uma pausa na reportagem fotográfica sobre a viagem de férias em Junho passado (Zurique-Suiça), para vos mostrar o que visitei durante esta semana de mini-férias em Tavira.
Sou adepta de férias em época baixa e deliciei-me nestes 4 dias.
Logo no 1º dia, resolvi apanhar boleia do autobus que o hotel disponibilizava para levar as pessoas até Tavira, havia 3 paragens e eu decidi ficar na 2ª paragem, ou seja, na cidade. Assim que comecei a percorrer a rua ao lado do rio Gilão, deparei-me com um grupo de pessoas e, quando me aproximei vi que esperavam a partida do barco para a "Ilha de Tavira". Ora bem, que melhor início de passeio. Paga-se 1,90€ ida e volta e lá fui.
O barco ia cheio; reparei que 90% das pessoas que iam no barco eram turistas de várias nacionalidades: ingleses, americanos, alemães, holandeses. Ao chegar à ilha, perguntei a mim mesmo, a razão de ver tanta gente interessada na ilha e hoje, descobri a resposta à minha questão, ao ler este artigo que encontrei casualmente na internet.

O guia Lonely Planet's "Travel With Children" considerou a praia da Ilha de Tavira, no Algarve, a 8.ª melhor do mundo para levar as crianças e estar em família.
Chega-se lá de barco, numa viagem pouco demorada, porque a praia fica a apenas um quilómetro de distância da cidade que lhe emprestou o nome. Em pleno Parque Natural, no cordão de ilhas que separa o oceano Atlântico da Ria Formosa, as águas são uma mistura de doce e salgado. Há vegetação e árvores, mais propriamente pinheiros, que dão sombra e tornam o local paradisíaco.
Talvez tenha sido por estas razões que uma das maiores editoras de guias de viagens do mundo tenha incluído a Praia da Ilha de Tavira no restrito grupo de 10 Melhores Praias para férias em família.
A distinção é tanto mais importante porque, além das "vencedoras" - as praias da Costa Del Sud, na ilha da Sardenha, Itália - o areal algarvio é o único destino europeu na lista.
Anote a lista das melhores praias para levar os seus filhos, da autoria da
Lonely Planet :
1. COSTA DEL SUD, Sardenha, Itália
www.sardegnaturismo.it
2.COTTESLOE, Austrália
www.cottesloe.wa.gov.au
3. DURBAN, África do Sul
www.durban.gov.za
4. KARON BEACH, Tailândia
www.phuket.com/island/beaches_karon.htm
5. KAUAI,Hawai, Estados Unidos da América
www.kauai-hawaii.com
6. AITUTAKI, Ilhas Cook
http://cookislands.travel/index
7. NOOSA, Austrália
www.noosa.qld.gov.au/aboutnoosa
8. TAVIRA, Portugal
www.visitportugal.com
9. SAYULITA, México
www.sayulitalife.com
10. SANUR, Bali, Indonésia
www.balitourismboard.org

Calma e isolamento são palavras que combinam com o Algarve nesta época do ano, daí a minha preferência em visitar o Sul, no mês de Setembro.
Na foto abaixo, pode-se ver, como os moradores na ilha, explicam onde colocar o lixo nos respectivos contentores, na língua universal - inglês. Nada falha!!!
Gostei de ter visitado a ilha, pois achei todos muito simpáticos e prestáveis; em conversa com uma moça que trabalha no bar do parque de campismo, ela disse-me que em Agosto, os veraneantes eram 60% portugueses e 40% espanhóis, mas em Setembro só se ouve falar inglês.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

JAMES JOYCE - DUBLIN (1882) - ZURIQUE (1941)

Continuando por Zurique, despertou-me a atenção esta placa numa esquina da Augustiner-Gasse.



James Augustine Aloysius Joyce (Dublin, 2 de Fevereiro de 1882Zurique, Suíça, 13 de Janeiro de 1941) foi um romancista, contista e poeta irlandês expatriado. É amplamente considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Suas obras mais conhecidas são o volume de contos Dublinenses (1914) e os romances Retrato do Artista Quando Jovem (1916), Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939) - o que se poderia considerar um "cânone joyceano". Também participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais iminentes poetas do imagismo. Embora Joyce tenha vivido fora de seu país natal pela maior parte da vida adulta, suas experiências irlandesas são essenciais para sua obra e fornecem-lhe toda a ambientação e muito da temática. Seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflete sua vida familiar e eventos, amizades e inimizades dos tempos de escola e faculdade. Desta forma, ele é ao mesmo tempo um dos mais cosmopolitas e um dos mais particularistas dos autores modernistas de língua inglesa.



Depois de cruzar o Rio Limmat, o caminho até a Igreja de São Pedro chama a atenção. O turista passeia sobre as ruínas de uma terma romana do século 3, descoberta pelos arqueólogos há 16 anos. No topo da igreja, construída no século 9 mas cuja torre foi refeita no século 13, está o relógio símbolo da cidade, com 8,7 metros de diâmetro. Depois da Reforma, no século 16, e principalmente no século 18, quando soavam os sinos da igreja, era dado o toque de recolher (às 20h no inverno e 21h no verão). Fechavam-se então os portões da cidade e o comércio e os moradores iam todos para suas casas. Hoje, não raro o visitante ao entrar numa destas igrejas depara-se com uma aula de música clássica. Uma surpresa a mais no caminho. No século 18, muitos poetas foram para Zurique, como Goethe, Casanova e Thomas Mann, entre outros. A maioria ficava hospedada num charmoso hotel sobre o rio que corta a cidade. Outros, como James Joyce, acabaram alongando sua estada. Foi em Zurique que Joyce publicou algumas de suas mais importantes obras, como Retrato do artista quando jovem. Na Augustiner-Gasse está a sede da sociedade voltada ao autor, num recanto que ganhou o nome de James Joyce Corner (esquina do James Joyce). Ali, pelo menos uma vez por semana, seus arquivos são abertos e há leituras dos textos de Joyce. Imperdível.

Nesta foto vê-se a placa da Praça de S. Pedro.
A igreja de San Pedro (
alemão: Peterskirche) é uma das quatro principais igrejas do Zurique antigo. As outras três são o Grossmünster, a Fraumünster e a Predigerkirche.
Está situada junto a Lindenhof, a antiga fortaleza romana no mesmo espaço onde dantes se levantava um templo dedicado a
Júpiter. Os arqueólogos têm encontrado vestígios de uma pequena igreja de 10 por 7 metros dos séculos VIII ou IX. Este primeiro edifício foi substituído em torno do ano 1000 por uma igreja de estilo románico temporão. Em 1230 esta igreja foi substituída por outra de estilo románico tardio ainda que partes da primeira ainda sobrevivem. A nave principal foi reconstruida em 1460 em estilo gótico. O primeiro prefeito de Zurique, Rudolf Brunn, foi enterrado aqui no ano 1360. Até 1911 o campanario, um dos mais altos de Zurique, era utilizado para a vigilância contra incêndios.
San Pedro foi restaurada em profundidade entre
1970 e 1975. O relógio da torre tem um diámetro de 8,7 metros, o que lhe converte em um dos relógios murales maiores do mundo. Os sinos datam de 1880.
Curiosamente, o campanario da igreja pertence à prefeitura de Zurique e o resto do templo à Igreja suíça reformada.



domingo, 5 de setembro de 2010

DISCURSO DE ZURIQUE - WINSTON CHURCHILL

Ao passear pelas ruas de Zurique, deparei-me com esta placa, à frente da porta de entrada deste edifício que se vê na imagem abaixo, que faz referência a Winston Churchill - ouvindo atentamente as explicações do Guia e, fazendo as minhas pesquisas diárias, explico a que se deve esta placa.


Foi proferido faz este mês precisamente 64 anos - mas podia perfeitamente ter sido proferido no dia de hoje, tal a actualidade subjacente ao seu conteúdo. Referimo-nos ao discurso que, em Zurique, a 19 de Setembro de 1946 - Winston Churchill proferiu, e que ficou conhecido como «Discurso de Zurique». Nele, Churchill chama a atenção dos Estados europeus para a necessidade de se unirem, criando uma estrutura regional que eventualmente se poderia chamar Estados Unidos da Europa. O Discurso de Zurique proferido por Winston Churchill constitui um verdadeiro hino à causa da Europa. Merece a pena conhecer em pormenor e na íntegra esta verdadeira peça literária que não pode ser esquecida ou ignorada em qualquer texto ou estudo onde a causa europeia constitua objecto central.
«Desejo falar–vos, hoje, sobre a tragédia da Europa. Este nobre continente, englobando no seu todo as mais agradáveis e civilizadas regiões da Terra, gozando de um clima temperado e equilibrado, é a terra natal de todas as raças originais do mundo ocidental. É a fonte da fé cristã e da ética cristã. É a origem da maior parte da cultura, das artes, da filosofia e da ciência tanto dos antigos como dos modernos tempos. Se a Europa tivesse alguma vez ficado unida na partilha do seu património comum, não haveria limite à felicidade, à prosperidade e à glória dos seus trezentos ou quatrocentos milhões de habitantes. Mas foi da Europa que jorrou essa série de assustadoras quezílias nacionalistas, originadas pelas nações teutónicas, a que nós assistimos ainda neste século XX e no nosso tempo, arruinando a paz e frustrando as expectativas de toda a humanidade. E a que situação foi a Europa reduzida? Alguns dos mais pequenos Estados fizeram, na realidade, uma boa recuperação, mas, sobre largas áreas, uma vasta e agitada massa de atormentados, famintos, ansiosos e desnorteados seres humanos olham pasmados, das ruínas de suas cidades e de seus lares, esquadrinhando os negros horizontes por algum novo perigo, tirania ou terror. Por entre os vencedores há uma babel de vozes dissonantes; por entre os vencidos o mal humorado silêncio do desespero. É tudo o que Europeus, agrupados em tantos antigos Estados e nações, é tudo o que os Poderes Germânicos obtiveram rasgando–se uns aos outros, espalhando destruição em todo o redor. De facto, mas também por que a grande República de além Atlântico compreendeu, à distância, que a ruína ou escravização da Europa envolveria também a sua própria sorte e estendeu o seu auxílio e orientação, os Tempos Negros recolheram toda a sua crueldade e miséria. Que poderão ainda voltar. Mas, ainda é tempo para um remédio que, se genérica e espontaneamente adoptado, poderá, como por milagre, transformar todo o cenário, podendo em poucos anos fazer toda a Europa, ou grande parte dela, tão livre e feliz como a Suíça o é nos dias de hoje...»

Um carro que chamava a atenção de todos, estacionado numa praça em Zurique.